Numa eleição que parecia se decidir no primeiro turno, o deputado federal, no 7º mandato, Jair Messias Bolsonaro, se elegeu, no 2º turno, o 38º presidente do Brasil.
Polêmico, defensor de posições extremas contra setores da sociedade como LGBT’s, movimentos sociais, indígenas, negros etc., o presidente eleito conquistou grande parcela da sociedade com um discurso alinhado com a direita internacional e setores empresariais, oligárquicos e conservadores da sociedade brasileira.
O presidente eleito teve como maior mérito durante a campanha assumir radicalmente a oposição ao partido dos trabalhadores (PT), tarefa, até então, exclusiva do PSDB que, além de perder o discurso para o candidato do PSL, sofreu uma das maiores derrotas da sua existência, ficando fora do segundo turno, e conquistando apenas cerca de 3% dos votos dos brasileiros.
Outro fator decisivo também na eleição de Jair Bolsonaro foi uma facada sofrida, ainda no primeiro turno, por um psicopata, e em circunstancias pouco esclarecedoras e controversas, que o poupou de comparecer a todos os debates programados para o pleito.
Desta forma, sem confrontar suas ideias e propostas, extremamente polêmicas, num debate aberto e transmitido ao vivo para todo o país, o candidato sustentou uma campanha agressiva, contínua e alimentada fortemente com montagens de vídeos e postagens de fake news em redes sociais que, seguramente, maculou sua vitória e deixa dúvidas sobre as condições de liderança, governança, e confiança nas promessas de campanha.
Resta a todos, vitoriosos e derrotados, a energia de uma esperança renovada e a crença de que as mudanças sugeridas observem o respeito, as garantias sociais, a paz e a união, após um processo eleitoral traumático e que dividiu o país.