Com o inicio do recesso da câmara por esses dias, e a obrigatoriedade de se ter um novo presidente, a partir de 1º de janeiro de 2019, o debate sobre a sucessão esquentou na Casa do Legislativo de Porto Seguro.
A discussão vinha sendo postergada pelo presidente, Evaí Fonseca, devido às pretensões do mesmo em se recandidatar ao cargo, mas impedido pelo RI (Regimento Interno), que veda a reeleição. Ocorre que Evaí mantinha a esperança de conseguir o apoio de 2/3 (doze) dos vereadores da Casa, necessários para a promoção da mudança; o que não ocorreu e, é pouco provável que venha acontecer.
Antecipando às pretensões do presidente e para marcar uma posição definitiva contra a reeleição, um grupo de dez vereadores apresentou, na semana passada, a chapa: “Porto Seguro acima de tudo”, tendo a vereadora Ariana Prates como candidata à presidência, e Lázaro Lopes na vice. Os vereadores Robério Moura e Evanildo Lage (Van Van) completam a mesa diretora.
Na sequência, a administração municipal, sentindo-se alheia e alijada do processo, que pode desaguar, não em uma oposição à prefeita, mas numa Casa independente e menos alinhada ao Executivo, resolveu apresentar, oficialmente, uma chapa com o seu patrocínio, encabeçada pelo vereador Bibi Ferraz, candidato à presidência; Geraldo Contador na vice; Evaí Fonseca como !º secretário e Robinson Vinhas, 2º secretário.
Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, a composição da chapa da prefeita tem gerado restrições e desavenças entre os próprios apoiadores da mesma. A primeira é que o candidato à presidência Bibi Ferraz é desafeto notório do candidato à !º secretário e ex-presidente, Evaí Fonseca. Segundo, o atual 2º secretário da câmara e detentor de 4 mandatos na Casa, Cido Viana, não aceita ficar de fora da mesa diretora.
Portanto, caros leitores, mesmo considerando a força que o executivo exerce sobre os “edis”; não é difícil concluir que a candidata Ariana é a favorita no páreo. Sua candidatura se apresenta mais sólida, com um apoio maior de vereadores (dez), enquanto a chapa patrocinada pela prefeita, “bate cabeça”, não se entendem nem entre eles, e as cenas de ciúmes explícitos antecipam o fracasso do movimento.
Com relação à Evaí, os fatos revelam ter adotado estratégias equivocadas, condenando-lhe ao isolamento no discurso de mudança do RI (Regimento Interno) e atropelado pelo tempo; que, em analogia ao jargão jurídico abrevia: “A política não acode quem dorme”.
Ariana está se propondo a bode expiatório