O município de Porto Seguro tem no seu quadro de pessoal, o maior número de funcionários contratados e comissionados de toda a região sul da Bahia, superando inclusive os municípios de Itabuna e Ilhéus, cidades com população maior que a de Porto Seguro.
São 3262 funcionários contratados e em cargos de comissão, enquanto os concursados perfazem o número de 3067. Somam-se ainda aos contratados e comissionados, 116 servidores com função gratificada e mais 15 agentes políticos (prefeito, vice-prefeito e secretários), totalizando 3393 funcionários que não são efetivos.
A folha de pagamento do mês de junho alcançou a inacreditável cifra de 19 milhões e 56 mil reais. Desse total, quatro milhões e 513 mil são pagos aos contratados; hum milhão e 635 mil aos comissionados; 914 mil aos com função gratificada e 149 mil aos agentes políticos, totalizando um valor de sete milhões e 212 mil reais destinados à essas categorias de funcionários que não são concursados ; sendo que onze milhões e 843 mil reais foram gastos com os servidores efetivos. Portanto os gastos da Prefeitura Municipal de Porto Seguro com pessoal não concursado supera, hoje, mais de 60% do total da folha dos efetivos do município, e representa cerca de 40% do gasto total com essa despesa.
As informações constam no site do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios)
As razões para tamanho disparate todos sabem: o empreguismo desenfreado e politiqueiro, no qual os “fraternos” se sustentam. O mérito é o que menos conta nessas contratações. O que vale é o número de votos que obteve em eleições disputadas, o parentesco e amizade com agentes políticos e o compromisso imoral de apoio e rendição em futuras eleições.
Uma política desastrosa que valoriza apaniguados em detrimento da competência e dedicação de milhares de cidadãos; tornando o município refém da incompetência e tolerante às mazelas administrativas. Essa fórmula política é que permite e favorece o alto grau de corrupção empesteado na Costa do Descobrimento com as administrações “fraternas” de Robério Oliveira, Cláudia Oliveira e Agnelo Santos, nos municípios de Eunápolis, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália respectivamente.
É urgente e necessário que o cidadão e os agentes políticos se conscientizem de que esse modelo frágil e aparente de emprego é extremamente danoso ao desenvolvimento do município e ao bem-estar dos moradores. A fatura que se paga por um emprego público temporário e apadrinhada é altíssima. Foi esse ambiente que propiciou e fomentou a corrupção estratosférica desvendada pelo Ministério Público Federal e Polícia federal nas conhecidas operações gênesis e fraterna.
Com a proximidade das eleições municipais precisamos redobrar a vigilância e resistir às tentações e seduções momentâneas, e acreditar que, somente com civilidade, cidadania e honradez é que construiremos uma sociedade mais justa, com uma administração honesta, responsável e compromissada com os legítimos interesses da população portossegurense.
Concordo. Precisamos de renovação e não esses que aí estão, todos são danosos ao desenvolvimento da cidade. Chega de família Oliveira, Pinto e Jânio. Renovação já.