Na eleição mais disputada desde a redemocratização, lula vence Bolsonaro com 1,8% a mais de votos

Uma eleição que entrará para a história, não só pela margem mínima de diferença (50,9% a 49,1%), cerca de 2,1 milhões de votos a mais, mas pelos embates jurídicos, rivalidade social, fake News, e diversas outras variáveis alheias ao mundo político.

A totalização dos votos foi um teste para cardíacos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a apuração abrindo uma vantagem de 14% de votos; a partir daí, o ex-presidente Lula (PT) começou a diminuir e, com 68% dos votos totalizados, Lula virou o placar e foi abrindo vantagem a “conta-gotas”, até o resultado final citado acima.

O resultado final mostra um país dividido e que exigirá muita habilidade do novo presidente, sem maioria no Congresso Nacional, para administrar o país. Embora tenha sido eleito por uma federação de partidos -­ sete no total – (PT, PSB, PSOL, PC do B, Solidariedade, PROS e MDB), a oposição liderada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, detém uma bancada superior, o que sugere que o embate político será permanente e difícil.

Contudo, o mais relevante no momento é a necessidade de unir os brasileiros, buscar as afinidades e convergências de pautas, para superar as divergências e tornar o país mais pacífico e irmanado no propósito do desenvolvimento econômico e social da nação.

Não há tempo para perseguições, revanchismos ou qualquer outro tipo de represália. A fome, o Meio Ambiente, a distensão jurídica, os investimentos, a infraestrutura, a saúde, a educação a inserção do país nas decisões internacionais, urgem cambaleadas, por falta de atenção nesses últimos anos. Todos precisam se adequar. Todos, sem exceção, têm seus erros e suas parcelas de culpa pelas dificuldades que a sociedade está passando.

Não ache o PT que sua vitória lhe credencia ao exercício de sua gestão no formato de gestões anteriores; os parceiros políticos irão cobrar e dissuadir o governo dessa intenção, A oposição, também terá um papel fundamental na reconstrução do país. É preciso exercê-la com responsabilidade e coerência. Somos uma só nação; a bandeira verde e amarela é de todos, e Deus, ao que tudo indica, permanece sendo brasileiro.

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