A princípio ninguém iria usar o pequeno expediente para falar, mas aí o vereador Élio Brasil pediu para usar a tribuna, para questionar alguns milhões de recursos que estão parados na Secretaria Municipal do Turismo e a omissão de seu Conselho.
Defendendo o Conselho, o vereador Abimael Ferraz Gomez, o Bibi, também pediu para usar a palavra.
Até aí, a sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira, 15 de outubro, seguia normalmente.
Nesse momento, a presidente da Casa, Ariana Prates, teve que se ausentar, para levar seu pai ao médico, deixando para o vice, Lázaro do Axé Moi, a condução dos trabalhos.
Ariana sempre manteve uma postura firme, na busca pela imparcialidade no tratamento aos colegas, sejam eles da situação ou da oposição.
E foi a partir do discurso de Lázaro. Um discurso parcial, pois defendia abertamente a Gestão Municipal, que o clima esquentou. O vereador, que exercia a presidência da Casa, questionou o que o colega Evai Fonseca havia proferido (Veja matéria completa no site).
E o embate que começara entre Lázaro e Evai, se alastrou num clima tenso, que envolveu também os vereadores Kempes Neville, o Bolinha, e o líder de Governo, Rodrigo Borges.
Há tempos a bancada governista elogia a gestão municipal pelas obras que vem sendo realizadas no município. No entanto, alguns vereadores deixaram o governo, apoiando outros grupos políticos nessas eleições, caso por exemplo, do vereador Evai, e começaram a ser mais contundentes em seus discursos, exercendo uma cobrança maior ao Executivo. Evai disse que as obras não são mais do que obrigação da Prefeitura. Além disso, afirmou que vai continuar na fiscalização, tarefa atribuída ao legislador, até o último dia de seu mandato de vereador.
Lázaro questionou essa cobrança, por estar enviesada numa mudança política.
Isso foi o estopim para uma troca de farpas que acabou chegando entre Bolinha e Rodrigo Borges.
Mesmo elogiando a prefeita Cláudia Oliveira, Bolinha defendeu o colega Evai, e afirmou que muitas obras foram entregues inacabadas e que não se justifica os milhões empilhados nesses fundos, enquanto o povo passa fome, desamparado e sem expectativa de emprego. De que adianta anunciar o aumento no número de vôos para o destino, se a cidade não tem planejamento nenhum. Nunca gostei desse Secretário de Turismo; arrogante e boçal.
O líder de Governo, Rodrigo Borges, chegou a chamar os colegas de atores, fazendo “teatrinho” político. Apesar de não citar nenhum colega, Bolinha entendeu que se tratava dele, pois tinha sido o último a discursar antes de Borges.
Enquanto isso, a platéia, que era formada por taxistas e posseiros de Ibiruçu de Dentro e Agrovila, pois haviam projetos importantes para serem votados para essas duas categorias, assistiam mais do que o “teatro” que o líder de Governo citou, mas um verdadeiro show de horrores, numa sessão muito mal conduzida pelo vereador Lázaro.
Por fim, depois de muita discussão desnecessária, principalmente, pela falta de coerência da bancada governista, que não soube respeitar a opinião dos outros colegas, a sessão continuou. Os projetos mais importantes do dia (caso do limite de concessões de alvarás para táxis; e o que aprova o Plano Diretor, abrangendo Ibiruçu de Dentro e Agrovila como área urbana de Porto Seguro) foram aprovados.
Faltaram na reunião, os vereadores Wilson Machado, Lívia Bittencourt, Geraldo Contador e Dilmo Santiago.