O Secretário de Desenvolvimento Urbano e Planejamento, Marlus Brasileiro não aceitou as condições exposta no decreto publicado pela prefeita, onde limita e esvazia seu cargo, proibindo-o de liberar alvarás de construção, e pediu exoneração do cargo, nesta segunda-feira, 17/12.
O secretário era um dos mais antigos colaboradores do governo “Pra Viver e Ser Feliz”, sendo empossado no primeiro mandato da prefeita, com quase seis anos no cargo e agora se junta à outros demissionários/exonerados como Edna Alves, na Saúde; Renovatto, na infraestrutura; Cláudia da Educação e Beto Axé Moi nas finanças. Os remanescentes da nefasta administração são Hélio Lima, Procurador Geral do município; Cézar Aguiar, Secretário de Comunicação e o xerife, todo poderoso da Secretaria de Relações Institucionais, Maurício Pedrosa; também conhecido como “mão de tesoura”, interventor e homem de confiança dos “fraternos.
Na carta, a qual o Jojô Notícias teve acesso exclusivo, o secretário lembra seu tempo de contribuição à administração, cita as intervenções e obras das quais teve sua participação e alega que: “sem consulta prévia, no dia 11 de dezembro a prefeita baixou decreto que exigia prévia anuência dela para o licenciamento de obras e edificações, e que, com essa determinação, a prefeita não só revela a ausência de confiança no trabalho do secretário como também retardaria, desnecessariamente, o processo administrativo de licenciamento, em prejuízo de toda a população”.
O decreto da prefeita é comparável à contratação de um médico e exigir do mesmo que todas as receitas emitidas pela secretaria de saúde tenha o aval da mesma. Um abominável absurdo! Seria melhor e mais decente demiti-lo, do que submetê-lo a uma situação constrangedora e humilhante como essa.
De acordo informações de fonte segura, a reunião foi tensa, teve a presença de outros secretários afins e, além de rechaçar o execrável decreto, o secretário também não estava satisfeito com a condução do projeto de concessão dos serviços de água e esgoto de Porto seguro. Marlus teve a solidariedade de outros secretários que, também, segundo informações, pretendem seguir o mesmo caminho.
É o fim melancólico de um governo que ainda se mantém de pé, devido à parcimônia da Câmara de vereadores e à morosidade da justiça, que há meses analisa pedido de afastamento e condenação da prefeita Cláudia Oliveira, fartamente documentada em ação e investigação do Ministério Público Federal e Polícia federal.
Apesar das alegações do secretário Marlus Brasileiro, não se sabe o fato gerador específico, pontual que provocou tamanha ira aos “fraternos” para expedição desse decreto mesquinho e infeliz. Mas, com certeza, os fatos não demorarão vir à tona.
Vela abaixo a carta na íntegra: