Desprezo, pirraça e vingança marcam o fim melancólico da gestão Evaí na Câmara de Porto Seguro.

Inacreditável o que vem acontecendo na Câmara de Porto Seguro. O desprezo por um poder constituído, essencial ao funcionamento da máquina administrativa, sendo relegado aos caprichos individuais e sobrepondo aos interesses coletivos para o qual foi eleito.

Uma situação inusitada, jamais vista na história política de Porto Seguro. Um presidente, uma minoria de vereadores, juntamente com o grupo político “fraternos”, representados pela prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, seu esposo, prefeito do vizinho município de Eunápolis, Robério Oliveira, e o Secretário de Relações Institucionais, conhecido como Maurício “mão de tesoura”, boicotam, sabotam e impedem de forma tosca, provinciana e revanchista a eleição para a mesa diretora da Casa legislativa em Porto Seguro.

A ideia do grupo “fraternos” era reeleger o agora ex-presidente Evaí Fonseca, não deu certo. O presidente não conseguir se viabilizar e conquistar os votos necessários (12), com seus pares, na tentativa de alterar o RI da Casa que lhe permitiria disputar a reeleição. Aí vieram duas investidas da administração Cláudia oliveira. Uma com Bibi Ferraz e outra com Geraldo Contador. Em Vão! “O grupo dos nove” estava coeso, unido e determinado a fazer o presidente da Casa.

Sem nomes representativos, desgastada e sem apoio popular, restou a apelação, a baixaria, as manobras escusas. A 1º sessão convocada em 20/12 para a eleição foi achincalhada por ações de baderneiros e arruaceiros contratados exclusivamente para tal, caso o resultado não fosse o planejado pelos fraternos. Para a 2ª tentativa, após a edição de edital com regulamentações do pleito, numa bizarra tentativa de conduzir o processo, em 28/12, os vereadores foram surpreendidos, inclusive os da base da prefeita, com uma liminar expedida pela justiça local suspendendo a sessão, em função de um mandado de segurança impetrado pelo vereador Wilson Machado, supostamente exigindo que o presidente da Casa, Evaí Fonseca, promovesse o evento com voto aberto, em vez de secreto, como prevê o RI.

Mais uma sutil e nefasta manobra, desta vez envolvendo o vereador de Vera Cruz, Wilson Machado, que deve ter sido ludibriado com a possibilidade de vir assumir a presidência da Casa, por ser o mais velho dos “edis”.

Não foi ponderada nenhuma consequência, muito menos pensaram na imagem e representatividade que a Casa tem que preservar, como poder constitucionalmente constituído, para se atingir propósitos ilegítimos, interesseiros, convenientes e que atendessem aos objetivos exclusivos do executivo.

Um verdadeiro escárnio!

Diante da situação de desprezo, deboche e desrespeito, não apenas ao sentimento de mudança da maioria dos  vereadores, mas, principalmente, à esmagadora vontade popular, os vereadores do grupo dos nove, novamente, numa demonstração de firmeza e resistência, convocaram uma reunião interna, com a presença, inclusive, de vereadores da base da prefeita, para desatar o nó que os fraternos, insistentemente e indevidamente, tentam apertar.

Mais uma vez foi feito um requerimento, subscrito pelos vereadores presentes (onze), protocolado na secretaria da Casa, solicitando uma sessão extraordinária para o dia 4/01/2019, sexta-feira, às 16 horas, na Câmara Municipal, que será conduzida pelo vereador mais velho, Robério Moura, de acordo O RI, quando se tentará delinear o procedimento da escolha da nova mesa diretora para o biênio 2019/20.

Estiveram presentes na reunião interna e subscreveram o documento, os seguintes vereadores: Robério Moura, Evanildo Santos Lage, Ronildo Vinhas Alves, Ariana Felhberg, Hélio Pinheiro de Araújo, Rodrigo Borges de Souza, Lázaro Souza Lopes, Élio Brasil dos Santos, Kempes Neville Simões Rosa, Dilmo Batista Santiago e Aparecido Santos Viana,

A sociedade acompanha pasma e perplexa a afronta e a vingança desenfreada daqueles que não querem desapear. Recusam-se a dar continuidade à normalidade democrática. Carregam a “bola para casa”. Sobrepõem os interesses individuais aos da comunidade.

Todos serão avaliados e julgados num futuro não muito distante.

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