Como primeira reunião do ano, de uma nova legislatura, tudo indicava que a sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira, 4 de fevereiro, teria uma conotação mais solene, onde os vereadores, principalmente os nove, novatos na vereança, poderiam se apresentar à sociedade, representada em massa na plenária. E, de fato, isto aconteceu durante o Pequeno Expediente.
No entanto, os ares de solenidade deu lugar ao embate relacionado à definição das comissões da Casa, que acabou envolvendo quase todos os vereadores.
Encabeçaram a polêmica, dois edis: o veterano Dilmo Santiago e Kempes Nevile, o Bolinha, que entrou no seu segundo mandato.
Procedentes de grupos políticos rivais, os dois vereadores se desentenderam nas nomeações para comissão.
Dilmo Santiago, “eterno” líder de governo, que mais uma vez exerce tal função na Casa, tentou mostrar que o Executivo não faria distinção quanto aos colegas que se elegeram, apoiando grupos políticos rivais. Ele ressaltou isso por diversas vezes em sua retórica.
No entanto, a ausência de habilidade no episódio foi notória, e beirou o amadorismo. Logo ele, “macaco velho” no assunto.
Tudo isso, porque ele entrou em contato com vários vereadores, para saber quem gostaria de participar das comissões e já chegou apresentando uma pré- lista, o que causou muita revolta ao vereador Bolinha que, por sua vez, também ficou de ego ferido, por não ter sido consultado e ter ficado fora da lista. Primeiro, Bolinha bateu o pé para entrar na Comissão de Constituição e Justiça, o ouro de Ofir entre as comissões, logo depois recuou, emburrado.
Entre réplicas e tréplicas, alguns vereadores se sentiram desprestigiados, como o edil Eduardo Tocha, que acompanhando Bolinha, desistiu de participar de comissões.
Para cumprir o regimento interno, as comissões precisam ser definidas na primeira sessão do Legislativo. Desse modo, a presidente Ariana Prates, pediu um intervalo de cinco minutos, para que os colegas se reunissem e apresentassem os nomes para serem votados.
E assim foi feito. As comissões foram votadas e aprovadas. Todavia, não definiram os cargos dos vereadores nas comissões. Exceto, a de Constituição e Justiça, além da Direitos Humanos, o patinho feio, que apenas a vereadora Lia Arigatô e, depois o próprio Dilmo Santiago, se dispuseram a participar.
Veja como ficou, as comissões:
Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final: presidente Anderson Ricelli, relator Nilson Cardoso, membro Charles Sena e substituto eventual, Vinícius Parracho.
Comissão de Administração, Serviços Públicos, Finanças e Orçamento: Saulo Jesus de Almeida, Dilmo Santiago e Pepo da Van.
Comissão Educação, Saúde, Cultura, Ação Social, Esporte e Lazer: Dilmo Santiago, Anderson Ricelli, Lia Arigatô e Lucas Barreto.
Comissão de Infraestrutura, Turismo, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Agricultura: Vinícius Parracho, Charles Sena, Lucas Barreto e Reinaldo Bispo dos Santos.
Comissão de Direitos Humanos: a definir.
É importante lembrar que os vereadores podem participar de no máximo duas comissões e que os membros da Mesa Diretora, formado pela presidenta Ariana Prates; o vice-presidente, Robinson Vinhas; o 1º secretário, Roló, e 2º secretário, Van Van, não podem participar.