Um grupo de mães com crianças que precisam de cuidadores para poder frequentar as escolas do município, esteve na sessão da Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, 30/03, com as crianças no colo e faixas cobrando “cuidadores já”, elas se reuniram com alguns vereadores na tentativa de buscar soluções para a questão.
Crianças com autismo, síndromes raras ou alguma deficiência têm, por direito, a garantia de ter um cuidador nas creches e escolas do município, o que ainda não está acontecendo. Por conta disso, as crianças não podem frequentar as escolas.
De acordo com os vereadores, resolver o problema depende da realização de processo seletivo para contratação dos profissionais, o que já está em andamento. Outro ponto levantado pelas mães é a falta de um neuropediatra no município que possa dar os laudos. Para isso, os vereadores alegaram já existir um processo seletivo em andamento, mas é muito difícil conseguir este profissional no mercado.
O vereador Robinson Vinhas, líder do Governo na Casa, destacou que, este tipo de especialidade médica (neuropediatra) é muito difícil em todo o país. “São cerca de 1500 profissionais em todo o Brasil; na Bahia, apenas 50 profissionais atuam nesta área”, atestou o vereador.
Robinson completou dizendo que o SUS paga R$ 70 reais por consulta e que o prefeito Jânio Natal está propondo o pagamento de R$ 250, mas que, mesmo assim, ainda há dificuldades na contratação.
Com relação aos cuidadores, o vereador afirmou que, 90 cuidadores já contratados pela prefeitura, pediram dispensa e que a administração fará uma seletiva para contratação de 160 profissionais com esta função. “ Eles abandonaram o serviço e não tem como a prefeitura impedir se o servidor quer sair, mas todos os esforços estão sendo envidados para a contratação imediata desses profissionais. A administração tem ciência da importância dessa função para a educação e, especialmente, para as mães desses alunos”, completou Robinson.
“Não vamos desistir da nossa luta, pelos nossos filhos nós vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance e vamos continuar cobrando para que as coisas aconteçam, inclusive acionando o Ministério Público”, disse uma das mães.