Na sessão desta quinta-feira (29/02), uma polêmica tomou conta da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Seguro em relação ao projeto de lei da Mesa Diretora nº 097/2023 que fixa o subsídio dos vereadores do município. As divergências foram abertas pelos vereadores Kempes Neville (Bolinha) (PSC) e Vinícius Parracho (UB), que questionaram a iniciativa.
Durante o debate sobre o projeto, a vereadora Lia Arigatô (AVANTE) defendeu de forma enviesada o aumento salarial dos vereadores, invocando as altas despesas de um edil com suas atividades parlamentares e pelo tempo dedicado ao mandato. No entanto, suas palavras foram rebatidas pelo vereador Bolinha, de forma enfática, inclusive, condenando a postura da vereadora.
Bolinha argumentou que a população enfrenta diversas dificuldades financeiras e que, diante desse cenário, é inaceitável um aumento salarial para os vereadores. Ele destacou que os recursos públicos poderiam ser destinados para áreas mais essenciais, como saúde, educação e infraestrutura, ao invés de privilegiar os vereadores.
Já o vereador Vinicius Parracho seguiu no mesmo tom de discordância em relação ao projeto, sugerindo que os aumentos salariais dos vereadores fossem vinculados aos reajustes dos professores. Essa comparação foi uma contraproposta à fala da vereadora Lia Arigatô, que insinuou que os vereadores ganham menos do que os professores.
A polêmica gerou um embate acalorado entre esses três vereadores, com troca de farpas e acusações mútuas. O clima tenso na Câmara Municipal evidenciou as diferentes visões e interesses dos parlamentares, cada um defendendo seus pontos de vista e representando grupos políticos distintos.
Independentemente das opiniões divergentes, cabe ressaltar que a discussão sobre o aumento salarial dos vereadores é sempre delicada e polêmica. A população espera que seus representantes ajam de forma ética e responsável, considerando os interesses coletivos em primeiro lugar.
No entanto, é importante destacar que o projeto foi aprovado na sessão, já em 2ª votação, sem novas rodadas de discussão para que se chegasse à uma decisão final. Vale lembrar que os novos valores só valerão para o quadriênio 2025/2028, portanto para os vereadores eleitos no pleito de outubro de 2024.
Em meio a esse cenário de polarização, é fundamental que os vereadores levem em consideração o momento econômico e social que o país atravessa, priorizando o bem-estar e os interesses da população em suas decisões. Resta aguardar os próximos desdobramentos dessa polêmica e como ela impactará a política local.