Após o anúncio da suspensão da sessão de hoje, 28 de dezembro, da Câmara Municipal de Porto Seguro, quando ocorreria as eleições da nova diretoria do Legislativo, deferido pelo juiz André Marcelo Strogenski , a favor do mandado de segurança impetrado pelo vereador Wilson Santos Machado, os bastidores políticos se movimentaram na Casa Legislativa.
O vereador Wilson, que acusa o presidente da Câmara, Evaí Fonseca, de suposta ilegalidade, alterando o Regime Interno, para que as eleições fossem abertas para a presidência da Casa, não deu o ar da graça para responder sobre sua motivação para ingressar na Justiça.
A liminar pegou todo mundo de surpreso, primeiro, porque a informação chegou de supetão, minutos antes da sessão que não aconteceu. Segundo, e mais importante, porque a tal mudança, de eleições abertas para fechadas, nunca foi sequer mencionada pelo atual presidente durante as últimas reuniões dos vereadores.
Nos bastidores, a conversa é que a prefeita Cláudia Oliveira, ciente que perderia as eleições do Legislativo, teria armado toda essa situação, no intuito de ganhar prazo para se reunir com os vereadores que formam o grupo dos 9, e lhes propor uma chapa de consenso, para tentar amenizar o impacto político de mais uma derrota (uma vez sua filha não foi eleita para Assembleia Legislativa nas últimas eleições, e ainda não conseguiu aprovar os 100% de remanejamento do orçamento no próximo ano, na própria Câmara Municipal), e o desgaste que isso provocaria.
Os grupo dos 10, que com a saída do Cacique Renivaldo, se tornou 9, e que levaria a princípio a vereadora Ariana Fehlgerg a ser primeira mulher a comandar a Casa volta com força. Mas, como política muda da água para o vinho em questão de segundos, haja vista que se as eleições ocorressem hoje, seria o vereador Kempes Neville, o Bolinha, como cabeça da chapa “Porto Seguro acima de tudo”, e não Ariana, é melhor esperar até o próximo capítulo.
A tendência é que o grupo dos nove vereadores aceite as condições que a prefeita vai sugerir nessa reunião, que deve ocorrer internamente a qualquer momento. No entanto, o grupo parece determinado a não aceitar o atual presidente Evaí Fonseca em nenhuma composição da chapa para a mesa diretora.