Após escândalo da viagem a NY, governo suspende presença de Mário Frias em viagem para a Rússia

O governo federal informou na noite de ontem (12/02) que decidiu cancelar a viagem do secretário especial de Cultura, Mario Frias, e de assessores da pasta à Rússia, Hungria e Polônia. O cancelamento foi determinado um dia após o Ministério Público pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que apure a viagem de Mario Frias para Nova Iorque em dezembro de 2021.

O grupo viajaria com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que embarca em missão oficial para Rússia e Hungria nesta segunda-feira (14/02). O cancelamento foi revelado pelo jornalista Lauro Jardim do jornal O Globo.

De acordo com o colunista, a viagem duraria dez dias, e Mario Frias viajaria com quatro assessores: o secretário-adjunto, Hélio Ferraz; o chefe de gabinete, Raphael Azevedo; o secretário de Fomento, André Porciúncula, e o secretário de Audiovisual, Felipe Pedri.

“Devido a orientação da presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo cancelada a viagem para remarcar em outra data”, informou a Secretaria de Cultura em nota.

O secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Mário Frias seta sendo denunciado por ter usado mais de R$ 39 mil de verba pública para uma viagem oficial a Nova York, nos Estados Unidos, entre os dias 14 e 19 de dezembro do ano passado.

O motivo da viagem foi um convite do lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie para apresentar um projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte. As informações constam no Portal da Transparência, do governo federal.

Segundo informações do blog de Lauro Jardim, do jornal O Globo, Frias viajou de classe executiva ao custo de R$ 26 mil somente com as passagens, além de ter recebido R$ 12,8 mil em diárias.

Os valores também constam no Portal da Transparência com o seguinte detalhamento: passagem de ida de Brasília a Nova York: R$ 13 mil; passagem de volta: R$ 13 mil; diárias: R$ 12,7 mil; e seguro: R$ 305. O custo total foi de R$ 39.150,95.

 

MARIO FRIAS NEGA

Nas redes sociais, o secretário nega ter gasto esse valor para a viagem oficial, assim como o motivo exposto, embora não tenha esclarecido a real finalidade.

“É impressionante a falta de ética de alguns jornalistas, os quais ignoram as mais comezinhas condutas retas que deveriam pautar a atividade de comunicação. Todas as manchetes expostas nas imagens são mentirosas, pois não paguei essa quantia por essa viagem, não viajei de executiva e a finalidade da viagem não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes”, disse.

Frias disse ainda avaliar entrar com ação judicial contra os jornalistas. “Tenho todos os documentos que comprovam a mentira propalada por esses jornalistas e estamos avaliando notificá-los para prestar explicações, de forma judicial, sobre essas fantasiosas informações”, escreveu.

No entanto, até o momento, nenhuma explicação plausível foi dada para explicar a urgência da viagem; por que a classe executiva e o que impediu que essa reunião fosse realizada via internet, prática comum nos dias de hoje.

Fonte: Bahia Notícias

 

 

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