“Zona Azul”, revela desgaste do executivo com o legislativo na Câmara de Porto Seguro

A sessão da Câmara de vereadores de Porto Seguro desta quinta-feira, 24/10, escancarou por completo a corrosão do apoio político que a prefeita Cláudia Oliveira vem sofrendo em função de decisões equivocadas, autoritárias e na contramão dos interesses da população portossegurense.

Um apoio que em gestões anteriores foi incondicional e unanimemente burro, hoje se mostra superficial e esboça resistência àqueles projetos encaminhados sem discussão e consultas aos segmentos sociais envolvidos e interessados.

Os vereadores que, freqüentemente, vêm sendo acusados e responsabilizados pela população, pelas mazelas e imposições administrativas da gestão Cláudia Oliveira; em parte, resolveram questionar os valores preenchidos pela prefeita no cheque passado em branco para a implantação do zona azul.

Enquanto alguns “edis”, como o vereador Bolinha, Robinson Vinhas, Lázaro, Élio Brasil, Nido e a presidente da Casa Ariana Prates reconhecem e se esforçam em fazer um mea-culpa pelos excessos cometidos pela administração municipal; outros insistem e teimam em defender um projeto estabanado, maquiado como de mobilidade urbana, mas que visa exclusivamente arrecadar.

Essas posições ficaram claras nos pronunciamentos e intervenções dos vereadores governistas Geraldo Contador e do vereador e ex-presidente da Casa Evaí Fonseca, muito vaiado pelo público presente que, inclusive se retirou do plenário durante seu pronunciamento e que, de maneira áspera e deselegante, tentaram intimidar e pressionar a presidente Ariana na condução dos trabalhos. A presidente se mostrou firme, solícita e rejeitou as pressões descabidas.

Surpreendeu também na sessão, o pronunciamento do vereador e líder do governo, Dilmo Santiago que, em forma de desabafo, se dirigiu à vereadora licenciada e Secretária de Ação Social, Lívia Bittencourt, cuja cadeira está sendo ocupada pelo líder, afirmando que: enquanto estiver como vereador agirá de acordo a sua consciência e seus princípios. “Devo-lhe amor, não obrigação e deveres”, pronunciou o líder Santiago.

Ao final, alguns vereadores expuseram cópias de documentos de reuniões realizadas com o MPE, representantes do executivo e a empresa responsável pela operação do “zona azul”, dando conta que os pontos mais polêmicos do serviço, como os valores de cobrança, tempo de tolerância e área de abrangência do serviço, sofreram alterações que, certamente, serão acatadas pelo executivo municipal.

Veja vídeo da entrevista com a presidente Ariana:

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