Venda de sentenças na operação faroeste na Bahia, cita barraca de praia em Porto Seguro

A delação de um advogado que atuou no Tribunal de Justiça da Bahia afirmou que Juízes investigados no âmbito da “Operação Faroeste” teriam envolvimentos em outros esquemas de vendas de sentenças. Além de entregar provas o delator se comprometeu a devolver mais de dois milhões de reais e veículos, frutos desses esquemas.

As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo e teve seu conteúdo confirmado pelo Jornal da Bahia.

As delações são do advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira – assessor do Tribunal –que relatou fatos relacionados à faroeste – que investiga a venda de terras que favorecem a grilagem de terras no Oeste Baiano – e fatos não relacionados à faroeste, que expandem a suspeita de Juízes em outros esquemas de vendas de decisões.

Dos fatos não relacionados à faroeste, o advogado mencionou outro advogado, Rui Barata, filho da Desembargadora, Lígia Maria Cunha Lima, como um interlocutor constante nos eventos e que participou, através de propinas, na decisão de venda de um Posto da Petrobrás. Outro caso foi uma decisão que envolveu uma Secretaria do Estado da Bahia, com propinas estimadas em 120 mil reais para que houvesse uma decisão que favorecesse um Instituto, e por último afirmou ter redigido um voto para a desembargadora Sandra Inês referente à desapropriação de uma barraca de praia em Porto Seguro, que renderia propinas em torno de 40 mil reais, mas que antes de ser votado, houve um pedido de vista de um membro do colegiado.

O referido acordo de delação foi firmado junto à PGR (Procuradoria Geral da República) e homologado pelo Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Og Fernandes, no ano passado.

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