A prefeita Cláudia Oliveira, praticamente, transformou o sonho da legalização do transporte complementar, num eterno e insuportável pesadelo.
É que, na reunião convocada para esta quinta-feira, 06/06, e que aconteceu no gabinete da prefeita, com a presença dos vereadores Dilmo Santiago, Élio Brasil, Robério Moura, Lázaro Axé Moi, Hélio Navegantes, Rodrigo Borges, Bolinha e Ariana Prates – autora do projeto que previa a legalização do serviço -, além da prefeita Cláudia Oliveira, o Procurador do Município, Hélio Lima e o Chefe de Gabinete, Josemar Siquara; não decidiram nada prático e efetivo.
Melhor dizendo: criaram uma comissão paritária com representantes do executivo (Secretário de transportes, Fábio; Procurador, Hélio Lima; e o Chefe de Gabinete, Josemar Siquara) representando os vereadores (Bolinha, Élio Brasil e Ariana) e representando o alternativo ( Geovane, Felipe e Daniel). Esta comissão ficará encarregada de proceder estudos de viabilidade para a legalização do serviço, que já funciona há mais de dez anos no município.
Uma tragi-comédia mexicana, com final manjado e conhecido. Quem não se lembra da comissão formada pela própria prefeita para apurar os desvios no transporte escolar do município, amplamente denunciados pelo MPF e PF. Alguém aí pode dizer qual foi o relatório final desta comissão?
A nossa reportagem esteve por diversas vezes na dita Secretaria, pra se informar do assunto, e nunca obteve uma resposta satisfatória. As pessoas nomeadas para a comissão afirmavam nunca terem se reunido. Um verdadeiro engodo; o famoso “sete um”.
De concreto mesmo dessa reunião, foi a postura arrogante e revoltada da prefeita com as postagens em redes sociais de pronunciamentos de deputados estaduais na Assembléia Legislativa da Bahia, condenando o caráter embromador que a gestora tem assumido na condução da questão. “A caneta é minha, quem manda sou eu; não vai ser pronunciamento de deputados que irão legalizar o transporte alternativo”, esbravejou a prefeita.
Segundo informações, a reunião se deu em dois tempos: primeiro a prefeita se reuniu e alinhou com os vereadores; por último convocou os representantes do transporte alternativo, selecionados pela prefeita.
Nenhum documento foi gerado da reunião; não houve redação de uma ata, apenas a palavra da prefeita de que será publicado um decreto, formalizando a criação da famigerada comissão, sem data definida.
A suposta comissão voltará a se reunir em meados de julho, em mais um capítulo desta horrenda novela. Enquanto isto, pais e mães de família amargam nas ruas a perseguição fiscal e policial, totalmente desassistidos e inseguros no exercício de suas atividades, cujo objetivo único é o sustento, de forma digna, de parentes e familiares.