Salvador é a capital brasileira com a maior proporção de mulheres, em comparação com a quantidade de homens. Com 54,4% de moradores do gênero feminino, a cidade é o segundo município mais feminino do Brasil, perdendo apenas para cidade de Santos, no litoral paulista.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27/10) e correspondem às informações coletadas no Censo de 2022.
Mesmo com a redução do número de habitantes, que perdeu a maior população entre todas as cidades do Brasil, o número de mulheres se manteve expressivo na capital baiana. Em 2022, elas representavam 54,4% da população, ou seja, cerca de 1,3 milhões do total de 2,4 milhões de habitantes.
No estado, o número total de mulheres é de 7,3 milhões, em uma população geral de 14,1 milhões de habitantes, o que demonstra algumas transformações da população entre as pesquisas feitas em 2010 e 2022. Há 12 anos, o estado era o 12º colocado no ranking das “mais femininas do Brasil”, e agora ocupa a 9º posição.
O que explica a maioria feminina?
O Brasil é um país majoritariamente feminino e os dados do Censo apontam que a população de mulheres tem crescido de forma constante no país nas últimas décadas. Em 1980, o país tinha 98,7 homens para cada 100 mulheres. Agora, são 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Em números absolutos, o Brasil tem, atualmente, cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens. A maior quantidade de mulheres é explicada historicamente pelas maiores taxas de mortalidade entre os homens, segundo o IBGE.
A última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que 91,4% das mortes violentas intencionais no país vitimam homens, enquanto 8,6% vitimam mulheres.
Até os 24 anos, os homens são maioria entre a população brasileira. A partir deste momento, as mulheres passam a ser maioria. Isso acontece por conta da “sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude”.
Conforme o IBGE, há uma relação entre o tamanho dos municípios e a distribuição de sexo da população: municípios menores são mais masculinos, e municípios maiores são mais femininos.
O instituto afirma que isso acontece por conta de uma série de fatores, como migrações e índices de envelhecimento. Municípios menores, por exemplo, costumam oferecer serviços historicamente mais masculinos (trabalhos agrícolas, extração mineral, entre outros).
Por informações: G1 Bahia