Notícias curtas: trabalho infantil, maus tratos ao animal, coqueiro ao chão, falta de bom senso na Câmara e muito mais

Eu me coloco em primeira pessoa para escrever esse artigo, para tentar mostrar um pouco da realidade que vivemos. Todo jornalista que se prese, busca sempre trabalhar o seu senso de observação. Alguns cenários rendem matérias, outros não. No entanto, durante uma semana de trabalho, muita coisa importante fica de fora. Se no jornalismo impresso havia espaço para as notas ou curtinhas do dia ou da semana, no online, onde a instantaneidade prevalece e as matérias são cada vez mais condessadas, isso ficou meio de lado e perdemos uma parte importante das reportagens. Tento passar um pouco do meu dia-a-dia e da visão que temos do nosso cotidiano, confira:

Trabalho infantil indígena   

Já foi muito discutido esse assunto, mas o trabalho infantil é visivelmente notório para quem costuma frequentar as praias da Orla Norte de Porto Seguro. Passaram por mim, quatro crianças indígenas em escadinha de tamanho, sendo que os dois últimos não chegavam ao meu joelho. O dia inteiro, no sol quente, o quarteto segue andando pela praia vendendo seus artesanatos.

Coitado do periquito

Ainda na Orla Norte, passam ambulantes de pulseirinhas, cuja principal atração são os periquitos, que além das asas cortadas, sofrem com o sol e o calor insuportável. Possivelmente, nem devem receber água.

Coqueiro ao chão

Em frente ao Mercado Village, possui um canteiro central, onde existem alguns coqueiros. O local vira estacionamento de carros e de tratores que estão fazendo serviços no bairro. Durante a semana, um coqueiro foi derrubado por um trator, simplesmente porque alguém quis assim. Para preservar os veículos com as quedas dos cocos ou por qualquer que seja o motivo, existem pessoas que fazem o que quer como se fosse o quintal de sua casa. Lembrando que até para retirar uma árvore no seu quintal, você precisa de autorização ambiental para isso. Isto se caso consiga.

Falta de bom senso do Legislativo

Durante a reunião da Câmara Municipal no dia 8 de março, um grupo de manifestantes a favor da mulher foi barrado por não estarem com as vestimentas que o Regimento Interno da Casa autorize. Ou seja, não é permitida a entrada de pessoas no legislativo municipal utilizando bermudas, shorts, minissaias ou coisas do tipo. É o mesmo caso do Fórum. No entanto, enquanto no judiciário local percebemos que a regra não é tão aplicada para mulheres, na casa do povo, a lei foi severamente aplicada. Logo no dia internacional da mulher, custava o presidente abrir uma exceção. Faltou bom senso.

Clips faz a união entre projetos sociais

É muito prazeroso conversar com a Terezinha, uma das fundadoras do Clips (Unidas em defesa da Vida). Falar dos projetos que essa entidade mantém e propõem, sem dúvida, é algo de imenso prazer na minha vida. O Clips tem uma importância fundamental para Porto Seguro, porque não se limita às entidades que mantém como o Karatê e A Nossa Casa, ela une as pontas com diversos projetos sociais da cidade. É um trabalho que vale a pena conhecer.

 

 

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