Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em operação sobre blitzes no 2º turno das eleições

Preso nesta quarta-feira, (9/08), pela Polícia Federal (PF), Silvinei Vasques é um dos principais alvos da Operação Constituição Cidadã, que investiga o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já estava sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) em razão da operação do órgão que obstruiu as estradas do Nordeste durante o turno eleitoral.

Paranaense de 48 anos, Silvinei entrou no quadro da PRF em 1995. Nesse período, já foi coordenador-geral de operações e secretário municipal de segurança e defesa social do município de São José (SC), além de ocupar outras posições de gerência, inclusive como superintendente da PRF em Santa Catarina. Antes de se tornar diretor, seu último posto foi como Superintendente da PRF no Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021.

Em abril de 2021, Silvinei assumiu o posto de diretor-geral da PRF quando o então presidente Bolsonaro deu posse a Anderson Torres no Ministério da Justiça. O policial ficou 8 meses na posição e, durante esse tempo, chegou a fazer diversas publicações em sua conta pessoal com fotos com o ex-presidente durante eventos e com legendas em que continham agradecimentos ao governo e ao ex-chefe do Executivo pelos investimentos na instituição.

Silvinei nunca escondeu o apoio ao ex-presidente. Durante as eleições de 2022, o policial usou a conta para defender o voto em Bolsonaro. A publicação em formato de stories mostrava uma foto da bandeira do Brasil e a escrita: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A postagem foi apagada horas depois. O apoio político público fez com que o ex-diretor-geral da PRF passasse a ser investigado pela Justiça do Rio de Janeiro por improbidade administrativa.

“Eu nunca utilizei do cargo para benefício eleitoral do presidente, se fosse assim nós teríamos que autorizar metade dos servidores públicos daquela época”, afirmou Silvinei em sua defesa. “As fotos que tenho com o presidente Bolsonaro foi porque ele deixou eu tirar e as fotos foram postadas na minha hora de folga”, prosseguiu. “Não seria eu que mudaria o resultado da eleição”, concluiu o ex-diretor durante oitiva na CPMI.

Fonte: A Crítica

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