A concessionária do serviço de “zona azul” em Porto seguro, “APP Parking” demitiu, no final de março, a maior parte de seus monitores sem pagar, quando nada, os salários devidos.
A decisão, de acordo os demitidos, vem trazendo enormes transtornos aos mesmos que, além de terem perdido seus empregos, sem acerto dos salários atrasados e recebimento de verbas rescisórias, em função do vínculo empregatício, ficaram sem condições de se habilitarem para receberem o auxílio-emergência, concedido pelo governo federal, aos trabalhadores mais afetados pela pandemia do COVID-19.
A nossa reportagem esteve na sede da empresa em Porto Seguro, onde deparou com o local fechado, sem interlocutores e diversos funcionários demitidos, abandonados, e revoltados com a atitude da empresa.
“A empresa nos abandonou. Não dá suporte, muito menos envia sequer mensagem para dar explicações. Todos estão de quarentena e passando por necessidades com aluguel e demais contas atrasadas e nem podemos ter acesso ao auxílio-emergência porque eles não deram baixa em nossas carteiras”, diz um funcionário demitido, em mensagem enviada à nossa redação.
A implantação do serviço “zona azul” em Porto Seguro gerou muitas polêmicas, principalmente dos comerciantes locais que previram que a medida iria prejudicar bastante o comércio, com a cobrança desses estacionamentos. Não obstante, o processo de licitação e o modelo do serviço aprovado, também foram bastante questionados pela falta de transparência e pelo ínfimo percentual destinado ao município (7%) na arrecadação final dos valores cobrados.
A administração municipal não pode se omitir da situação de penúria que os funcionários estão vivendo. A prefeitura além de ser a concedente do serviço, é sócia da empresa, portanto, co-responsável pelas ações e desmandos administrativos da mesma.
Veja o depoimento dos funcionários no vídeo abaixo: