Conflito na Câmara de Porto Seguro: Ex-presidente e atual presidente travam embate acirrado sobre legados da ex-gestora

Nesta quinta-feira, 7 de novembro, a sessão da Câmara de Vereadores de Porto Seguro foi marcada por um embate acirrado entre a vereadora Ariana, ex-presidente da Casa, e o atual presidente, Dilmo Santiago. O clima de tensão começou com a leitura de um comunicado inusitado que informava aos vereadores e ao público sobre a aprovação das contas da vereadora pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) referente ao ano de 2022. Essa nova prática gerou estranhamento e questionamento entre os presentes, especialmente do vereador Bolinha, que destacou nunca ter presenciado referida comunicação em plenário.

No espaço do “Pequeno Expediente”, a vereadora Ariana aproveitou a oportunidade para listar as conquistas de sua gestão, elencando diversos avanços como a criação da Rádio Câmara, a instalação de um sistema de energia solar que proporcionou significativa economia nas despesas de energia elétrica, a reforma das instalações da Casa e a aquisição de três veículos novos.

Contudo, suas palavras foram prontamente contestadas pelo vereador Bolinha, que criticou os procedimentos de licitação e questionou a necessidade de uma frota de veículos que, segundo ele, poderia ser vista como um desperdício de recursos públicos.

O clima se intensificou ainda mais quando o presidente Dilmo Santiago tomou a palavra. Ele disparou críticas contundentes à gestão anterior de Ariana, afirmando que a atual administração recebeu a Casa em condições precárias. “Recebemos essa casa numa situação estrutural caótica. Por felicidade, não houve um desabamento com vítimas fatais” e que certamente seria manchete do Jornal Nacional, destacou Dilmo, em referência à urgência das reformas estruturais necessárias.

A respeito das placas solares instaladas durante a gestão de Ariana, Dilmo foi incisivo: “Não funcionam, portanto não têm nenhum efeito prático, apesar de uma licitação cara e custosa.”

Além disso, ele revelou que dos três automóveis recebidos às vésperas da transição, a nova gestão decidiu devolver um ao Executivo, alegando sua “absoluta desnecessidade”.

Finalizando sua fala, Dilmo assegurou que as reformas estruturais que a Casa precisa estão em andamento, com o compromisso de que as obras seguirão os critérios e exigências da legislação vigente, em conformidade com as orientações do TCM.

O embate revelou não apenas as divergências políticas entre os membros da Câmara, mas também as tensões em torno da gestão pública, questionando a eficácia de investimentos e a necessidade de recursos em tempos de restrições orçamentárias. Com um futuro ainda incerto, os vereadores seguirão debatendo os rumos da administração municipal e suas responsabilidades diante da população.

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