Uma nova reviravolta na política de Eunápolis-BA foi provocada, primeiramente, pelo julgamento do ex-prefeito Robério, que sofreu uma derrota fragorosa por 7 X 2, no julgamento de uma liminar que lhe permitiu disputar a eleição municipal de 2024, e agora, pela divulgação, no último dia 9 de abril, de uma certidão do Tribunal Regional Federal (TRF) que dá provimento ao recurso do Ministério Público Federal (MPF), reforçando a tese da inelegibilidade do ex-prefeito Robério Oliveira. O documento reacende o debate sobre a legalidade da candidatura do político, que venceu as últimas eleições mesmo estando, na época, com os direitos políticos suspensos, enquadrado na Lei da “Ficha Limpa”, situação que o impediria até de votar.
A candidatura de Robério Oliveira foi viabilizada por uma liminar polêmica, que surpreendentemente o autorizou a participar do pleito. Essa decisão foi duramente criticada por juristas e pela oposição, já que contrariava o entendimento anterior de que ele estava inelegível. No entanto, no início deste mês, a liminar foi cassada pelo TRF 1, colocando novamente em xeque a legalidade do mandato do ex-prefeito reeleito.
Com a cassação da liminar, crescem as dúvidas sobre os próximos passos jurídicos e políticos no município. Ainda não está claro se Robério será afastado do cargo de forma imediata, se novas eleições serão convocadas, ou se o segundo colocado no pleito, Neto Guerrieri, poderá ser proclamado como novo prefeito de Eunápolis. A indefinição tem causado apreensão entre os moradores e gerado especulações nos bastidores políticos.
Enquanto a Justiça não bate o martelo, Robério segue exercendo o mandato, agora impugnado, e tem intensificado a execução de obras e melhorias urbanas por toda a cidade. Entre as ações, destacam-se revitalizações de praças, reformas de equipamentos, asfaltamento de ruas e avenidas em diversos bairros — medidas que, para muitos analistas, fazem parte de uma tentativa desesperada de consolidar apoio popular ou de preparar o terreno para uma nova eleição, possivelmente lançando um parente ou aliado político como sucessor.
O cenário permanece indefinido, e Eunápolis aguarda com atenção os desdobramentos judiciais que deverão, em breve, esclarecer o futuro político do município. Até lá, permanece a incerteza e a expectativa: Robério será afastado? Neto assumirá? Ou o povo voltará às urnas? A conferir.