Semana passada a cidade de Porto Seguro foi sacudida com a divulgação dos números da violência, publicada por institutos de pesquisas e órgãos especializados no assunto.
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), juntamente com o FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), colocou Porto Seguro, no mapa da violência, como a 4ª cidade mais violenta do país, num documento intitulado “Atlas da violência”.
Os números apresentados foram questionados, tanto pelas autoridades de segurança locais, como a própria SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública do Estado), que emitiu a seguinte nota: “A SSP-BA entende que, enquanto não houver uma padronização na coleta dessas informações junto a todos os estados, pesquisas como a publicada, em nada vão colaborar para entender a real situação dos municípios e a demanda da violência no país”, diz o comunicado. Inclusive a secretaria já acionou as instituições realizadoras do Atlas para explicarem a metodologia adotada e a discrepância dos números.
O certo é que os dados da violência em Porto Seguro, não recrudescem há mais de 10 anos. Em 2017, a cidade também figurou entre as quatro mais violentas da Bahia. Este ano, com 77 assassinatos em 120 dias, de janeiro a abril, a cidade se mantém no ranking.
Os números envolvem dados de violência com homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio, tentativa de homicídio, estupro, roubo a ônibus, e roubo e furto de veículo.
A situação preocupa bastante o “trade” turístico de Porto Seguro. Os índices de violência divulgados acionaram o alarme. “Algo deve ser feito urgentemente, ou então iremos viver uma guerra, se é que já não estamos”, comentou um site regional.
Já na lista dos 30 municípios mais pacíficos, também com população superior a 100 mil habitantes, não há nenhum município baiano.