Motoristas de aplicativo iniciaram nesta segunda-feira (15/05) um protesto por melhorias na remuneração pelas corridas em várias cidades do país. Os atos foram registrados em pelo menos sete estados até às 12h.
Entre as reivindicações, estão a melhor remuneração pelas corridas, isenção de impostos e maior segurança para a categoria.
Luiz Carlos Correia de Albuquerque, presidente do Sindmobi — sindicato que representa esses profissionais no Rio de Janeiro—, afirmou que em muitas corridas o motorista não recebe nem sequer a metade do que o passageiro paga.
“As empresas têm descontado até 60% das corridas. Já não aguentamos mais”, disse.
Em nota, a Uber afirmou que a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens deixou de ser um percentual fixo em 2018 e destacou que o condutor “sempre fica com a maior parte do que é pago pelo usuário, em qualquer viagem”.
“Nesta semana, a Uber anunciou que vai aumentar mais um nível na transparência e passar a exibir, em todos os recibos de viagens feitas pelo motorista, qual foi a taxa média considerando todas as viagens feitas nas quatro semanas anteriores”, disse a companhia em nota
Já a 99 informou que adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no aplicativo, como a Taxa Garantida, que “assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%” e o Adicional Variável de Combustível, entre outros.
Passageiros reclamam nas redes sociais
Com o início dos protestos, passageiros começaram a reclamar e questionar os preços das corridas nas redes sociais.
Em algumas regiões do país, o custo das viagens foi afetado pelo chamado preço dinâmico, que acontece quando a demanda está muito alta em relação ao número de motoristas disponíveis.