Diego, a tartaruga de 100 anos que teve 800 filhotes e salvou sua espécie da extinção

Diego, uma tartaruga-gigante da Ilha Galápagos, tem cerca de 100 anos de idade e é pai de incríveis 800 bebês tartarugas!

De acordo com a equipe de biólogos que presta assistência ao animal, Diego ajudou a salvar sua espécie da extinção: “Ele é um reprodutor masculino sexualmente muito ativo. Ele contribuiu enormemente para repovoar a ilha”, afirma Washington Tapia, especialista em preservação de tartaruga no Parque Nacional de Galápagos.

A tartaruga faz parte da espécie Chelonoidis hoodensis, também conhecida como Tartaruga-das-galápagos-de-pinta, encontrada somente na Ilha de Española, no Equador (integrante de Galápagos). O arquipélago foi palco dos estudos sobre a biodiversidade realizados pelo naturalista Charles Darwin (1809-1882).

No final dos anos 60, existiam apenas 2 machos e 12 fêmeas na ilha. Com a chegada de Diego, que vive em um centro de reprodução de tartarugas com seis fêmeas, 800 filhotes nasceram desde então e estão se desenvolvendo.

Ao todo, existem apenas 3 machos responsáveis pelo repovoamento de Española. No entanto, Diego é o que mais tem filhotes, de longe, entre todos.

A tartaruga centenária de 82 quilos e 90 centímetros de comprimento foi encontrada no jardim zoológico de San Diego, na Califórnia (EUA). Daí seu nome.

“Nos não sabemos exatamente como ou quando ele chegou nos Estados Unidos. Ele deve ter sido tirado de Española em algum momento entre 1900 e 1959 por uma expedição científica”, disse Tapia.

Ele foi trazido de volta à ilha de Española em 1976, quando foi introduzido no programa de reprodução em cativeiro. Os resultados surpreenderam até o mais otimista dos pesquisadores.

Análises genéticas realizadas neste ano apontaram que Diego é pai de 40% de todas as jovens tartarugas que habitam a ilha.

“Eu não diria que (as espécies) estão em perfeita saúde, porque os registros históricos mostram que provavelmente existiam mais de 5.000 tartarugas na ilha. Mas é uma população que está em boa forma — e em crescimento, o que é o mais importante”, disse Tapia.

Fonte: Jornal Ciência

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