Um incêndio de larga proporção ocorrido no bairro Mundaí em Porto Seguro, no dia 04/03 (leia aqui), amplamente divulgado pelas mídias regionais e que levou a população do bairro Mundaí e adjacências ao desespero; apresenta, neste momento, contornos de um loteamento.
O final da horrenda tragédia mostra, de acordo vídeos que circulam em redes sociais, máquinas trabalhando a todo vapor, executando serviços de terraplanagens e piquetes demarcando terrenos.
Um caso explícito de polícia e uma verdadeira provocação à sociedade, que requer, sem dúvidas, uma interpelação do Ministério Público.
Sabemos que esta é a prática usual quando se quer desmatar uma área com interesses imobiliários, mas deve ser combatida. O pânico causado e o desastre/crime ambiental provocados pela nefasta ação, jamais deve ser justificada pelo empreendedorismo e expansão habitacional.
O empresariado local, especialmente os do setor imobiliário, tem consciência do que o valor de terreno e imóveis em Porto Seguro está diretamente associado à sua preservação; suas belezas naturais; suas matas nativas. Atentar contra isso é matar a “galinha dos ovos de ouro”.
São vários os empreendimentos no município que compartilham esse pensamento. O Condomínio Vitória Tênis Miramar é um bom exemplo. Ainda em implantação; o condomínio alerta os visitantes e eventuais compradores com placas educativas sobre meio ambiente; sobre os animais silvestres e, de acordo maquete exposta no escritório local, não precisou do recurso do fogo para se instalar.
A população cobra das autoridades administrativas e judiciárias medidas apropriadas contra a sórdida e infeliz ação praticada contra o meio ambiente e a população de Porto Seguro no bairro Mundaí.
Está na hora de dá um basta à essas práticas insanas.