Os incêndios florestais que atingiram a região de Valparaíso, no centro do Chile, na última sexta-feira (2 de fevereiro de 2024) deixaram pelo menos 112 mortos e centenas de desaparecidos, segundo o Ministério do Interior do país. O presidente Gabriel Boric decretou estado de emergência e disse que o número de vítimas pode aumentar ainda mais.
Os incêndios também destruíram cerca de 14 mil casas nas áreas de Viña del Mar e Quilpué, além de afetarem o Jardim Botânico de Viña del Mar. As autoridades implementaram um toque de recolher a partir das 21h nas regiões mais atingidas e convocaram militares para ajudar os bombeiros no combate às chamas.
Esse foi o pior desastre natural do Chile desde 2010, quando um terremoto seguido de um tsunami deixou cerca de 500 mortos. Os incêndios florestais são um fenômeno recorrente no país durante o verão, mas os desta semana foram considerados os mais letais da última década.
A causa dos incêndios ainda está sendo investigada, mas suspeita-se de que tenham sido provocados por ação humana, seja intencional ou negligente. O governo anunciou que vai oferecer recompensas para quem fornecer informações que levem à identificação dos responsáveis.
O Chile recebeu ajuda internacional para enfrentar a crise, incluindo aviões, helicópteros, equipamentos e pessoal especializado de países como Argentina, Brasil, Estados Unidos, Espanha, França e Peru. Várias organizações não governamentais também estão atuando na assistência às vítimas e na recuperação das áreas afetadas.
Os incêndios florestais no Chile geraram comoção e solidariedade em todo o mundo, com diversas manifestações de apoio e doações. O Papa Francisco enviou uma mensagem de condolências e de encorajamento ao povo chileno, pedindo que Deus os abençoe e os proteja.