Taxistas definem como calamidade pública o trânsito no carnaval de Porto Seguro

O caos no transito de Porto Seguro denunciado aqui no JoJô Notícias (leia aqui), acabou sendo confirmado e atestado pelos profissionais do taxi que “tentaram” trabalhar no período do carnaval no município.

De acordo os taxistas, muitos recolheram seus veículos e se abstiveram em participar da esculhambação, humilhação e desrespeito com os motoristas, devido à desorganização generalizada.

Área reservada para taxistas, mas foram impedidos de usá-la

“A prefeitura cruzou os braços. Incapaz de ordenar o serviço entregou-o para a polícia militar, que não permitiu o embarque e desembarque de passageiros em locais previamente acertados. Virou uma bagunça o setor de transportes de Porto Seguro. Não há fiscalização. Carros com faixas de aplicativos, sem ser aplicativo; usando luminoso e cobrando por fora. Uma zorra total”, desabafou um motorista à nossa reportagem.

Segundo Jose Bispo, o “Bidé”, uma das lideranças da categoria, o sindicato chegou a acertar um rodízio com os taxistas, mas que teve que retroceder, liberando todos a trabalharem, todos os dias e horários, devido ao desordenamento estabelecido e à desistência de vários profissionais que, diante das dificuldades, preferiram parar.

Documento acordado com a prefeitura, mas que não funcionou

“Taxistas foram transferidos dos seus pontos no centro da cidade, pelos quais pagam alvarás, para outras localidades, mas foram impedidos de efetuarem embarques e desembarques nessas localidades. Em qualquer município onde acontecem esses grandes eventos, como Salvador, Rio de Janeiro etc., o taxista tem acesso aos principais pontos do circuito e tradicionais da cidade. Ele é credenciado e liberado, para facilitar a mobilidade dos foliões. Aqui é ao contrário; os pontos são desativados, deixando os passageiros e os profissionais sem a menor segurança; sem opções de embarque e desembarque. Fomos impedidos de trabalhar”, lamentou Bidé.

Os relatos são vários e de diversas naturezas. Um dos motoristas reclamou que se gastava 1 hora e 30 minutos da balsa ao Banco do Brasil. Um tempo que daria para fazer o trajeto, a pé, umas três vezes.

De acordo os motoristas, na época do Secretário Renovato, as coisas funcionavam, todos respeitavam as decisões, Agora virou uma “casa de maria Joana”. Todo mundo manda e ninguém obedece. “ O superintendente Paulo Souto tem até boa vontade, mas não tem autoridade para decidir. Mandei uma mensagem para o Secretário Fábio Souza, mas não tive a menor atenção”, completou Bidé.

Além da situação do transporte alternativo, cuja lei já foi aprovada e sancionada pela prefeita, mas não foi implementada, aguardando definições de alvarás que, segundo os operadores, terão critérios políticos; os taxistas denunciaram a invasão de veículos de toda natureza, das cidades de Eunápolis e Cabrália, que aproveitaram da inércia da administração, da ausência de fiscalização, retiraram suas faixas de identificação e operaram normalmente.

“foi uma verdadeira anarquia, uma “Torre de Babel”. Vou lembrar-me disso nas eleições. A única forma de parar o que está errado é com meu título, com os votos da minha família”, prometeu um motorista que não quis se identificar.

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