Prisões, queima de pneus e protestos diversos revelam o caos do transporte em Porto Seguro

Após uma perseguição policial com abalroamento em uma viatura, o motorista e operador de transporte alternativo, Elco Ramos Pereira foi preso, nesta terça-feira, 18/06, por volta das 10:00hrs, pela polícia militar.

De acordo nota divulgada pelo comando da policia militar no município, a prisão ocorreu em função do condutor está realizando transporte irregular de passageiros e, inconformado com as conseqüências legais que a situação exigia, acelerou o veículo atingindo uma viatura da polícia militar.

A prisão de Elco Ramos provocou uma série de reações que, inclusive, provocaram outras prisões. Cerca de 20 (vinte) motoristas do transporte alternativo, ocuparam o Trevo da Rodoviária e atearam fogo em pneus, bloqueando a BR-367 por algum tempo. Os bombeiros foram acionados, juntamente com a polícia militar que desbloquearam a pista e realizaram novas prisões.

Pessoal do transporte alternativo na polícia civil de Porto Seguro

A questão do transporte complementar em Porto Seguro (alternativos) vem se arrastando há mais de dez anos no município. A prefeita Cláudia Oliveira prometeu nas duas campanhas para a prefeitura municipal, legalizar o serviço; o que até hoje não ocorreu. Nas redes sociais, deputados estaduais que representam o município na Assembléia do estado da Bahia, postaram vídeos, classificados pelo comando militar do município, como “politiqueiros”, condenando a operação militar e apelando à prefeita que cumpra suas promessas de legalizar o transporte.

pessoal do transporte acompanham o motorista preso até o HLEM

De concreto, sobre a legalização do serviço no município, existe o projeto 014/2019, de autoria da vereadora e presidente da Casa, Ariana Prates, considerado pela bancada governista da Câmara, sobre orientação do executivo, como inconstitucional e que, até o momento, só foi feita sua leitura, sem ter passado por nenhuma votação, das duas necessárias para a sua aprovação. Devido à enorme repercussão da leitura do projeto de Ariana, a prefeita Cláudia Oliveira se mobilizou, convocou uma reunião com a presença de vereadores e representantes do transporte alternativo que, segundo as lideranças do movimento, foram escolhidos pela administração e não representam o pensamento da totalidade da categoria, cujo único resultado, até agora,  foi a publicação de um decreto oficializando a criação da comissão. Nenhuma medida foi tomada no sentido de arrefecer os ânimos daqueles envolvidos no imbróglio. Um afrouxamento nas blitz’s e na fiscalização, até que a comissão apresente algo de concreto, seria razoável, sensato e acenaria para todos, como empenho e esforço em resolver a questão. Como nada disso aconteceu, o resultado está aí: caos, violência, medo, insegurança e a certeza de que, com Cláudia Oliveira, a tendência é piorar.

Veja o vídeo da manifestação:

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