A Câmara Municipal de vereadores de Santa Cruz Cabrália lançou nesta terça-feira, 11/06, edital de convocação para realização de sessão extraordinária, para discussão e segunda votação do projeto de Lei do executivo municipal, nº 014/2018, que autoriza o prefeito do município, Agnelo Santos, a privatizar os serviços de fornecimento de água e esgoto no município de Santa Cruz Cabrália. A sessão foi convocada para o dia 14/06 (sexta-feira), às 10h00min.
O famigerado projeto, não tem nenhum respaldo popular e segue o enredo da família “fraternos” de privatizar esses serviços, tanto em Cabrália, como em Porto Seguro. O município de Eunápolis não foi cogitado, por não possuir os investimentos já realizados no setor, pela EMBASA, portanto desinteressante para a empresa cotada para abocanhar a licitação.
Isso mesmo caros leitores; a empresa para vencer o processo licitatório parece já estar definida, tendo, inclusive, realizado estudos de viabilização da privatização e palestras sobre o evento para as referidas prefeituras.
O processo contaminado e viciado está sendo levado a “trancos e barrancos” pelo prefeito Agnelo e a prefeita Cláudia Oliveira, sem debates sérios e específicos, com audiências públicas “arrumadas” e, curiosamente, contra a vontade das populações desses municípios que, majoritariamente, se manifestaram contra a iniciativa.
A falta de credibilidade desses gestores, envolvidos em denuncias de corrupção formuladas pelo MPF (Ministério Público federal), e investigados pela Polícia Federal, por desvios superiores a 250 milhões de reais, na denominada “Operação fraternos”, que os afastou dos cargos por seis meses, é que fortalecem as suspeitas de propinas, licitação dirigida e favorecimento de empresa, denunciada e escorraçada do estado de MG, por irregularidades, em detrimento do bem estar da comunidade.
Os males da privatização desse serviço, nos moldes em que se propõe, já foram exaustivamente enumerados aqui no Jojô Notícias.
Caso os vereadores aprovem esta aberração, será necessária uma mobilização maior da sociedade, no sentido de provocar uma atuação incisiva do Ministério Público para barrar essa ação, exclusivamente mercantil, com enorme dolo à comunidade.
Água não pode ser tratada como uma mercadoria. Trata-se de um bem essencial à vida.