Campeonato Brasileiro tem um domingo de decisões — mesmo com campeão definido

Embora o título já esteja garantido ao Flamengo, o domingo reserva uma das rodadas mais tensas do ano. As atenções se voltam para quem vai subir à Libertadores, quem vai escapar do rebaixamento e quem vai sobreviver na elite.

A disputa se acirrou especialmente na parte de baixo da tabela, onde cinco clubes ainda lutam para evitar a degola e garantir sua permanência na Série A para 2026.

Para milhões de torcedores — dos grandes centros aos rincões — a última rodada não representa apenas mais um fim de temporada: é drama, é esperança, é a chance de mudar o destino de um clube depois de 38 rodadas de luta. Muitos torcedores vivem um misto de ansiedade, nervosismo e fé até o apito final.

Quem corre risco — a briga feia para evitar a Série B

De acordo com a classificação atual, os clubes que ainda correm risco real de rebaixamento são: Santos, Ceará, Fortaleza, Vitória e Internacional.

Santos: se vencer seu jogo, está salvo. Caso empate ou perca, vai torcer por tropeços de Ceará, Fortaleza e Vitória.

Ceará e Fortaleza: têm a seu favor o direito de jogar em casa ou a necessidade de somar para alcançar a pontuação mínima para escapar — tudo depende de resultados paralelos.

Vitória e Internacional: vivem situação mais dramática — não basta depender de si mesmos; precisam vencer e torcer por combinações de resultados, o que torna o domingo decisivo para ambos.

Para essas torcidas, cada lance, cada defesa, cada bola parada pode representar a salvação — ou a queda.

A outra guerra: vaga direta na fase de grupos da Libertadores

Do outro lado da tabela, clubes que já se classificaram para a Libertadores 2026 buscam a chance de entrar diretamente na fase de grupos — o que torna mais tranquila a preparação para o ano que vem. Três clubes disputam ponto a ponto essa vaga extra: Fluminense, Bahia e Botafogo. Fluminense (5º lugar): uma vitória no clássico contra o Bahia, no Maracanã, garante a vaga direta. Empate só vale se o Botafogo não vencer.

Bahia (6º): só interessa a vitória — um empate ou derrota deixa a vaga nas mãos do adversário ou do Botafogo.

Botafogo (7º): depende de uma combinação de resultados — precisa vencer o Fortaleza e torcer para Fluminense e Bahia não somarem os pontos suficientes.

Além disso, há uma reviravolta possível: se o título da Copa do Brasil for conquistado por Cruzeiro ou Fluminense, a chamada “G5” pode virar “G6”, abrindo uma nova vaga direta para a fase de grupos da Libertadores. Isso mantém a chama acesa até o fim, mesmo para quem já está classificado.

O clima nas arquibancadas e nas ruas — o que move o torcedor

Para o torcedor, essa última rodada é mais que futebol: é destino. Mesmo torcedores de times sem chances de título — ou já classificados para a Libertadores — mantêm os olhos grudados na tabela. A guerra pela “sobrevivência” e pela “classificação direta” mexe com paixões, nostalgias, medos e esperanças.

Muitos acreditam que a parte de baixo da tabela é o verdadeiro motor da empatia nacional neste fim de temporada — quando há clubes tradicionais, com torcida grande, correndo sério risco de cair. Esse drama une torcidas, gera discussões acaloradas, traz o suspense de volta ao Brasileirão.

Para torcedores de clubes com risco de queda: medo e tensão. Para quem disputa vaga continental: ansiedade, esperança e fé. Para o país como um todo: o que muitos dizem ser a “essência” do futebol brasileiro — a imprevisibilidade, a paixão, o tudo ou nada até o fim.

Todos os jogos terão início às 16 horas.

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