Isaquias Queiroz sofreu, mas conquistou neste domingo (7/08) a medalha de prata no C1 1.000m do Campeonato Mundial de Canoagem Velocidade, nesta que é a distância olímpica da canoa masculina. Ele estava apenas em quinto faltando cerca de 400 metros para a chegada, mas remou forte para fazer três ultrapassagens e chegar em segundo, mais de um barco atrás do surpreendente romeno Catalin Chirila. O baiano tem sete medalhas de ouro em Mundiais, mas só uma no C1 1.000m, que é a prova mais concorrida na canoa, por ser também disputada nos Jogos Olímpicos. Quatro desses títulos vieram no C1 500m, versão mais curta, que ele ganhou também ontem em Halifax (Canadá), duas em provas em duplas no C2, e somente um título é do C1 1.000m, conquistado em 2019, na Hungria
Pela forma como venceu os Jogos Olímpicos do ano passado e pelo que vinha apresentando nos treinamentos em Lagoa Santa (MG), Isaquias era o grande favorito ao bicampeonato. Mas ele foi superado por Chirila já nas eliminatórias, quando o primeiro colocado ganhava vaga direta na final e os demais continuavam para a semifinal. O romeno venceu e o brasileiro foi o segundo, o que exigiu que ele remasse mil metros a mais do que o previsto no Mundial. Na final, Isaquias foi ficando para trás já nas primeiras remadas. O baiano costuma ter como estratégia não deixar os rivais abrirem muito, e explodir nos 500 metros finais. Nessa fase mais intensa, o normal é não ter para ninguém. Mas, desta vez, não só ele já estava muito atrás dos primeiros, como Chirila manteve uma velocidade ainda maior do que Isaquias. Na sua prova de recuperação, o brasileiro ultrapassou o francês Adrien Bart, que terminou em quarto, passou o rival tcheco Martin Fuksa, que ficou com o bronze, faltando menos de 50 metros, mas não alcançou Chirila, um romeno de 24 anos que nunca tinha ido ao pódio em Mundiais, estreou com a prata ontem no C1 500m e se coloca como grande rival do brasileiro. Isaquias terminou a prova em 4min15s38, a 1s52 de Chirila, que começou a comemorar antes da reta de chegada