O atleta de triátlon, Pedro Felipe Costa Pereira, 39 anos, representou Porto Seguro no Capixaba de Ferro, realizado na última semana em Guarapari, Espírito Santo. Pedro ficou em 120 lugar geral e quinto em sua categoria.
Para quem não conhece as provas de triátlon, a modalidade tem várias divisões, sendo que os “fulldista’, são aquelas provas mais duras com os percursos maiores. No caso, o atleta realizou 3,6 km de natação, 180 km de bike e 42 km de corrida.
Nascido em Porto Seguro, Pedro revela que as provas de triátlon surgiram nos Estados Unidos nos anos 70 e chegaram ao Brasil na década seguinte. Pelo que conta Pedro, Porto Seguro foi agraciado por competições nos anos 80. “Meu pai me levava nessa época para assistir e fui tomando gosto pelo esporte. Ficou na minha memória.”, recorda.
Aos 20 anos, ele começa a praticar as três modalidades que compõem o triátlon. Nos últimos anos, ele competiu nas categorias mais “leves”, se preparando para essa prova que disputou. “Enquanto eu disputava Campeonato Capixaba de Triátlon não me permitia treinar para o Capixaba de Ferro. Desta vez, abri mão do campeonato para me dedicar exclusivamente para essa prova”, diz.
Com esse intuito, Pedro, que é filiado pela Federação Capixaba, cumpriu uma planilha de treinamento que foi desenvolvida por um técnico da modalidade de Vitória (ES). “Apesar da distância, ele me assessora nos meus treinamentos. A internet facilita muito nesse sentido. Muitos me perguntam o porquê de não ser filiado pela Bahia. No entanto, o atleta precisa de apoio, uma vez que existem muitas despesas, e no Espírito Santo encontrei melhores opções em relação ao transporte e logística, e à organização do que Salvador. Frequento a Secretaria de Esportes de Porto Seguro desde criança, e passam gestões e gestões e nada é feito para o incentivo ao esporte no município ”, cobra.
Mesmo não conseguindo atingir sua meta na questão do tempo, Pedro comemora seu resultado, principalmente, porque foi sua primeira experiência nesta prova, a que mais exige do atleta entre todas as modalidades esportivas. “Eu queria terminar com o tempo de 10 horas, consegui realizar a prova de natação abaixo do que esperava (1h15min). Cravei o tempo que tinha de meta na bike (5h45), mas na corrida senti o cansaço, como se a energia tivesse acabado, e fechei em 3h45, quando imaginava ficar nas três horas”, explica.
E sua prova teria um componente a mais que roubava sua atenção, quando foi avisado que seu pai havia sido internado em Salvador. Assim que terminou a prova, Pedro foi direto para Salvador e seu pai, Deraldo Góes Pereira, funcionário público muito conhecido por todos em Porto Seguro, que travava uma luta de três anos contra uma doença pulmonar, não resistiu e faleceu.
O atleta aproveitou a oportunidade e emocionado dedicou toda sua carreira esportiva ao seu pai, grande incentivador. “Meu pai foi tudo para mim!”, exalta.
Por fim, Pedro agradece ao JP Bicicletaria, Pimenta Bikes, a loja Porto Brasil Esportes, ao professor de natação do Colégio Mater, Lucas Oliveira e seu amigo Pitete.