Os professores da rede municipal de Santa Cruz Cabrália continuam na sua luta para receberem seus direitos.
No início do mês, eles fizeram manifestação, cobrando o reajuste do piso salarial de 12,84%, de acordo com previsão da Lei Federal 11.738.
Na verdade, a Câmara Municipal de Santa Cruz Cabrália já havia aprovado o Projeto de Lei 001/2020 no começo do ano, para que os professores tivessem os seus vencimentos equiparados à Lei Federal. No entanto, o prefeito Agnelo Santos (PSD) não sancionou e também não vetou, e a PL, automaticamente, se tornou lei.
O prefeito, então, entrou em acordo com os professores, por meio de seu sindicato (APLB) para pagar a diferença em três prestações. O problema foi que o prefeito não pagou e ingressou com outro Projeto de Lei junto à Câmara Municipal, para pagar apenas a correção da inflação do período, o que causou revolta aos professores, descumprindo também a Lei Federal.
O prefeito de Cabrália foi tentar enganar os professores e se deu mal. Primeiro mentiu para os professores em plena jornada pedagógica, assinando um projeto do pagamento do piso que ele não pagou. Depois, demitiu em plena pandemia, sem dó nem piedade, 412 pais e mães de famílias que ficaram impedidos até de receber o auxílio emergencial do Governo Federal, em função do vínculo com a Prefeitura. Estes trabalhadores da Educação, somados os efetivos e contratados e suas famílias e amigos que eles influenciam, somam quase mil votos.
Se as chances de Agnelo para sua reeleição já não eram boas contra Loredano Júnior, candidato que representa a renovação no município, e Baiano, cacique velho da política, sem os votos dos professores e das suas famílias, se torna mínimas.
Com tantos acordos descumpridos pelo gestor, qualquer credibilidade que tinha junto a este importante segmento social e político, foi para as cucuias.
Agnelo ainda tentou enganar os professores, pagando as perdas inflacionárias, mas, infelizmente, os professores conhecem bem os seus direitos.
Ele sancionou a lei que reajusta o salário dos professores em 4,49%,. No entanto, esse percentual é referente às perdas inflacionárias. Ou seja, o prefeito tenta ludibriar, uma vez que ele não respeitou a Lei do piso e não deu o reajuste de 12,84%, determinado pela Lei.
Em suma, esses professores não ocupam mais cargos no governo municipal e devem ser determinantes para a sua não reeleição em Cabrália.
Além de enganar o professorado e não respeitar a Lei, Agnelo ainda é acusado pelo Ministerio Publico Federal, de desviar recursos do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.