Com estratégia requentada, APLB de Porto Seguro volta a deliberar paralisação em véspera de feriado

A estratégia da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) de Porto Seguro em convocar paralisações apenas em vésperas de feriado tem gerado controvérsia e polêmica na cidade. Desde o ano passado, essa tática tem sido denunciada pelo prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal, que divulgou um vídeo nas redes sociais comentando sobre o assunto (veja vídeo abaixo), o qual viralizou e repercutiu intensamente.

Novamente, o roteiro se repete. As lideranças da APLB, juntamente com alguns poucos membros, se reuniram em uma assembleia realizada nesta segunda-feira, dia 25 de março, para deliberarem a respeito de mais uma paralisação. Curiosamente, essa decisão foi tomada em uma assembleia pouco representativa, o que gera questionamentos sobre a legitimidade da escolha feita. Veja abaixo o edital do sindicato:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
O SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PORTO SEGURO E REGIÃO – SINSPPOR, CONVOCA todos os seus associados e demais Servidores Públicos da Prefeitura de Porto Seguro – BA, para a Assembleia Extraordinária que se realizará no próximo dia 28 de março de dois mil e vinte e quatro, Quinta – Feira, às 08:00h, e em Segunda convocação às 08:30h, na praça Trevo do Cabral, S/N, cidade de Porto Seguro, Estado da Bahia, com os presentes para apreciação e deliberação da seguinte ordem do dia:
1- NEGOCIAÇÃO SALARIAL COM EXECUTIVO.
2- O QUE OCORRER.
Porto Seguro, 25 de março de 2023

 

O timing dessa paralisação é mais um ponto de discussão. Ao coincidir com os feriados da Semana Santa, fica nítida a intenção de aproveitar o período de folga para mobilizar um maior número de manifestantes e estender o “feriadão”. Essa decisão, segundo os críticos, mostra uma falta de coerência e um oportunismo por parte da APLB, uma vez que a paralisação é estrategicamente planejada para ofuscar o desempenho da administração municipal.

Vale ressaltar que a administração municipal de Porto Seguro tem obtido reconhecimento e aprovação da população. A tentativa de descreditar e minimizar as conquistas e avanços alcançados pela gestão, com a convocação de uma paralisação de caráter essencialmente político e salarial, é considerada, por muitos, como uma estratégia equivocada da APLB.

É importante destacar que a paralisação dos serviços educacionais impacta diretamente a vida dos estudantes e de suas famílias, além de prejudicar o andamento do ano letivo. A comunidade escolar é quem sofre as consequências desse tipo de manifestação, que muitas vezes não apresentam resultados concretos em benefício dos profissionais da educação.

Diante desse contexto, é fundamental que haja um diálogo aberto e construtivo entre as partes envolvidas. Somente através do diálogo é possível alcançar soluções que atendam tanto aos interesses dos trabalhadores da educação quanto aos da população em geral.

A administração municipal tem se empenhado para mitigar o sucateamento das escolas, como resultado de nefastas gestões anteriores. Muitas escolas estão sendo reformadas com recursos próprios, principalmente nos distritos; com destaque para a construção e entrega de uma escola moderna, climatizada e inteiramente adaptada à realidade local, no distrito de Caraíva.

Nova escola de Caraíva construída com recursos próprios

Porto Seguro, assim como qualquer outra cidade, possui desafios a serem enfrentados na área da educação, como a necessidade de melhorias na infraestrutura das escolas, capacitação dos professores, busca de recursos para investimentos e principalmente melhorar o IDEB (índice que mede a qualidade da educação nos municípios brasileiros), onde Porto Seguro apresenta números vexatórios, totalmente destoados da realidade financeira dos professores do município.

A união e a cooperação entre as entidades envolvidas nesse processo são fundamentais para o avanço na qualidade da educação e, consequentemente, do desenvolvimento da cidade como um todo.

a APLB carece de disposição a dialogar, especialmente em vésperas de feriados, sem ouvir e considerar as prioridades e necessidades da administração municipal. Somente através do entendimento mútuo é possível construir um ambiente de trabalho mais harmonioso e eficiente, que beneficie não apenas os profissionais da educação, mas também toda a comunidade escolar e a sociedade em geral.

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