APLB ignora estragos na educação e parte da categoria mantém greve esdrúxula em Eunápolis-BA

50% dos professores de Eunápolis, ainda não retornaram às salas de aulas.

A decisão inconsequente de parte da categoria é inexplicável, se consideradas as remunerações desses professores num contexto regional e nacional.

De acordo a administração municipal a categoria vem sendo contemplada, atualmente, com salários acima do piso nacional estabelecido em lei, com piso ‘nível 2’ em R$ 4 mil e 200 reais mensais, acrescido de várias outras gratificações no plano de carreira, podendo chegar, em alguns casos, a um valor total de quase R$ 15 mil reais por mês de salário para os educadores do município.

Além do prejuízo injustificável na educação dos alunos que, devido à resistência da categoria, estão com uma carga horária de apenas 2:30hs por dia: é inconcebível que, após dois anos com as atividades suspensas, devido à pandemia da Covid-19, a entidade insista com uma paralisação insensível aos apelos da sociedade e da administração municipal.

Após 20 dias de greve, 50% dos professores da rede municipal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, voltaram às salas de aula no dia 10 de maio. Eles cumprem a decisão da Justiça, divulgada em 5 de maio. A outra metade dos profissionais segue em greve.

A categoria paralisou as atividades no dia 19 de abril e pelo menos 20 mil alunos ficaram sem aula. Ao todo, 1.050 professores participaram da greve, entre efetivos e seletivos, lotados nas 40 escolas do município.

Essas paralisações ocorreram em diversa cidades da Bahia, mas todas sofreram restrições da justiça que determinou o retorno às aulas de imediato, inclusive em Eunápolis. Os rumores são de que a paralisação tem motivação política com o respaldo da “fraternidade” derrotada na última eleição municipal.

Por causa da presença de apenas metade do quadro de profissionais os alunos estão saindo mais cedo das escolas.

O sindicato que representa os trabalhadores da Educação (APLB) informou que os professores pedem correção de 33,24% nos vencimentos e aumento referente à inflação de 2021. A categoria já rejeitou a proposta de reajuste de 14,42% oferecido pelo município.

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