O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou a maior deflação –queda de preços– da série histórica, iniciada em novembro de 1991. Considerada a prévia da inflação, a taxa teve queda de 0,73% em agosto contra julho. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 4ª feira (24.ago.2022).
O índice indica que haverá a 2ª queda mensal consecutiva no índice oficial de preços do país, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em julho, o IBGE registrou uma deflação de 0,68%, a maior da série histórica.
O presidente do BC (Banco Central), Robert Campos Neto, afirmou na 3ª feira (23/08) que o índice de preços oficial do Brasil deve ter 2 ou 3 meses de taxas negativas seguidas. As quedas nos índices de preços se devem às medidas adotadas pelo governo e Congresso para limitar as alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis e energia elétrica.
De acordo com o IBGE, houve deflação em 3 dos 9 grupos pesquisados do IPCA-15. O resultado de agosto foi influenciado pela queda de 5,24% nos preços do grupo de Transportes. Os valores dos combustíveis tombaram 15,33% no mês contra julho. Só a gasolina caiu 16,80% –a maior contribuição para a queda do índice, com impacto de 1,07 ponto percentual. O etanol recuou 10,78%. O óleo diesel caiu 0,56%. Além disso, as passagens aéreas diminuíram 12,22%.
O IPCA-15 teve alta de 5,02% no acumulado do ano. Em 12 meses, a inflação passou de 11,39% em julho para 9,60% em agosto. Está no menor patamar desde julho de 2021. Também houve recuo nos grupos de Habitação (-0,37%) e Comunicação (-0,30%). No 1º segmento, se deve aos preços da energia elétrica residencial, que caíram 3,29% em agosto.
Nesta semana, o mercado financeiro diminuiu pela 8ª vez consecutiva a projeção para a inflação de 2022. Passou de 7,02% para 6,82% a alta esperada para o IPCA deste ano. Campos Neto afirmou que a inflação de 2022 será de 6,5% ou menos.
Por Informações: Poder 360