PF prende quatro militares suspeitos de planejar golpe e execução de Lula

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19/11) uma nova operação para aprofundar o envolvimento de militares das Forças Especiais do Exército em um plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022. A operação cumpre a prisão preventiva de quatro militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, e um policial federal suspeitos de envolvimento nos fatos.

Os militares alvos de prisão são Hélio Feerreira Lima, Mario Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Também é alvo Wladimir Matos Soares, policial federal. Mario Fernandes ocupava cargo de assessoria no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e também ocupou postos de confiança durante o governo de Jair Bolsonaro.

Os indícios colhidos pela PF são que eles elaboravam um plano de golpe que incluía a execução do presidente e vice-presidente eleitos, Lula e Geraldo Alckmin, além do ministro do STF Alexandre de Moraes, que vinha sendo alvo de monitoramento.

Essas novas provas foram obtidas a partir da análise do material apreendido com militares alvo de operação em fevereiro deste ano, para apurar o caso do plano de golpe.

De acordo com a PF, foi detectada a elaboração de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria colocado em prática no dia 15 de dezembro de 2022, com o homicídio de Lula e Alckmin.

As Forças Especiais são um batalhão de elite do Exército, com treinamento para atuação em situações de infiltração em território inimigo e resistência à tortura, por exemplo. As investigações da PF apontam que militares com esse treinamento atuaram ativamente no planejamento do plano de golpe. De acordo com a PF, o conhecimento de técnicas militares foi um dos pontos relevantes para a elaboração do plano golpista.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, disse a PF em comunicado à imprensa.

A reportagem procurou as defesas dos alvos da operação para se manifestar, mas ainda não houve resposta.

Fonte: UOL Notícias

 

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