Um incêndio na Penitenciária de Marília, no interior de São Paulo, deixou sete mortos ontem, informou a prefeitura. O assessor de assuntos estratégicos da prefeitura tinha informado ao UOL em um primeiro momento que 11 pessoas tinham morrido, mas a informação foi corrigida pela prefeitura e atualizada horas depois.
O que aconteceu
Cinco pessoas morreram na penitenciária, segundo o município, que ajudou no atendimento com o Samu. Outras dois morreram em uma unidade de saúde.
De acordo com a prefeitura, 20 pessoas foram hospitalizadas. Todos foram socorridos em estado grave e duas morreram no Hospital das Clínicas.
SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) confirmou que a sete mortes são de detentos. Eles morreram em decorrência da inalação de gases tóxicos produzidos pelo incêndio. Segundo a pasta, outros sete presos foram internados.
Detentos estavam no setor de inclusão, dedicado a presos recém-chegados à penitenciária. Depois, eles seriam levados ao convívio com o resto da população carcerária, explicou uma fonte ao UOL. Incêndio começou após um detento atear fogo nos pertences dele, de acordo com a SAP.
Fogo já havia sido controlado pelos policiais penais quando bombeiros chegaram. Agentes ajudaram a apagar os últimos focos do incêndio, informou o Corpo de Bombeiros.
Policiais penais realizaram o primeiro combate às chamas. Depois, os Bombeiros chegaram ao local acompanhados das equipes do Samu, que prestaram atendimento aos feridos. A SAP também lamentou a morte dos presos.
Hospital das Clínicas de Marília está atendendo dois feridos em estado grave ativou o plano de contingência para atender aos sobreviventes. Por medida preventiva, a unidade de saúde suspendeu as visitas noturnas de hoje.
Prefeito lamenta morte dos detentos. “Lamento o ocorrido na Penitenciária de Marília e, informo, que desde o início da ocorrência, a Secretaria Municipal da Saúde deu suporte na remoção das vítimas para as unidades de saúde de referência. Esperamos que a situação seja normalizada o mais rápido possível”, escreveu Vinicius Camarinha.
Sindicato dos Policiais Penais do Estado de São Paulo diz que quatro policiais penais estão internados em razão da inalação de fumaça. Segundo o Sinppenal, o fogo teve início após um preso ser encaminhado para a área de inclusão na penitenciária e ter ateado fogo em colchões. Eles ainda explicaram que a área onde a ocorrência foi registrada fica localizada ao lado do “seguro”, onde ficam presos com risco de morte, e ao pavilhão disciplinar.
Penitenciária de Marília está com superlotação. Informações divulgadas pela SAP indicam que a capacidade de população prisional da unidade é de 622, mas havia 1080 presos no local até a segunda-feira (24). O espaço foi inaugurado em 1989 e conta com uma área construída de 13.800 metros quadrados.
Fonte: UOL Notícias