Oito cardeais brasileiros têm a chance de serem o próximo chefe da Igreja Católica após a morte do papa Francisco.
Dom Paulo Cezar Costa
Dom Paulo Cezar Costa foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco em agosto de 2022. Ele se tornou arcebispo de Brasília em outubro de 2020
O cardeal tem 57 anos e nasceu em Valença (RJ). Paulo Cezar Costa cursou mestrado e doutorado em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Itália. Ele também foi professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio e ajudou a organizar a Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro.
Dom Jaime Spengler
O arcebispo de Porto Alegre foi um dos 21 nomeados pelo papa Francisco que receberam o título em dezembro do ano passado. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que ficou “sem chão” após receber a notícia de que se tornaria cardeal.
Dom Jaime Spengler é o atual presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O cardeal concluiu o curso de teologia no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel, e tem doutorado em filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Dom Sergio da Rocha
O arcebispo de Salvador recebeu o título de cardeal em novembro de 2016, por meio do Papa Francisco. Assim como todo arcebispo da capital baiana, ele também é considerado o primaz do Brasil porque a diocese da cidade é a mais antiga do país.
Dom Sergio da Rocha tem 65 anos e nasceu em Dobrada (SP). Ele é mestre em teologia moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. O religioso foi professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
O cardeal também foi arcebispo de Brasília. Ele presidiu a CNBB entre 2015 e 2019.
Dom Orani João Tempesta
O religioso é arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, responsável pela diocese fluminense. Ele foi oficializado como cardeal em fevereiro de 2014
O cardeal tem 74 anos e nasceu em São José do Rio Pardo (SP). Dom Orani João Tempesta era monge e sua história é contada no livro “O Monge que virou Cardeal: Uma Conversa com Dom Orani João Tempesta”.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
O religioso foi nomeado cardeal em 2022 pelo papa Francisco. Antes, assumiu a Arquidiocese de Manaus em 2019.
Dom Leonardo Ulrich Steiner tem 74 anos e nasceu em Forquilhinha (SC). Ele concluiu mestrado e dourado em filosofia em Roma.
Dom Odilo Pedro Scherer
O arcebispo de São Paulo chegou ao cargo em 2007 e foi nomeado cardeal no mesmo ano pelo papa Bento 16. Antes de Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa Francisco, ser escolhido como chefe da Igreja Católica, em 2013, o nome do brasileiro foi especulado como possível novo líder católico.
Em outubro do ano passado, Dom Odilo Scherer pediu a renúncia da função de arcebispo. O pedido é protocolar para o arcebispo que completa 75 anos.
Na ocasião, o Papa Francisco recebeu a renúncia e pediu que ele ficasse à frente da Arquidiocese de São Paulo por mais dois anos. Procurada pelo UOL, a arquidiocese explicou que o pedido não atinge o título de cardeal e o religioso poderá participar do Conclave
Dom João Braz de Aviz
O religioso é arcebispo emérito de Brasília e, em 2012, recebeu do papa Bento 16 o título de cardeal
Ele tem 77 anos e nasceu em Mafra (SC). O religioso concluiu os estudos de filosofia em Curitiba e obteve a licenciatura em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
Dom Raymundo Damasceno Assis
O religioso de 88 anos não participará do conclave porque já ultrapassou a idade-limite, mas pode ser eleito papa, segundo a CNBB. De acordo com a Constituição Apostólica do Vaticano, os cardeais deixam de votar a partir dos 80 anos.
Dom Raymundo Damasceno Assis nasceu em Capela Nova (MG). Ele foi nomeado pelo papa Bento 16 em novembro de 2010.
O cardeal é formado em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Dom Damasceno também foi presidente da CNBB
Como acontece o conclave
A eleição acontece dentro da Capela Sistina, no Vaticano. O voto é secreto e depositado em uma urna. O número de votos do escolhido não é divulgado.
Os cardeais são proibidos de qualquer tipo de comunicação com o exterior durante o conclave. Eles não podem enviar mensagens eletrônicas ou alimentar suas contas nas redes sociais, por exemplo.
Os cardeais entram em conclave em no mínimo 15 dias e no máximo 20 dias após a morte ou renúncia de um Papa. Eles passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas, e o isolamento é assegurado pelo cardeal camerlengo no interior, e pelo prefeito da Casa Pontifícia no exterior.
Em tese, todo homem considerado idôneo pode ser eleito papa, mas há séculos somente cardeais são escolhidos.
Fonte: UOL Notícias