Com Bolsonaro réu, esquerda convoca atos contra anistia neste domingo

A esquerda convocou para este domingo (30/3) vários atos contra a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, como uma resposta ao protesto liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março.

Os atos ocorrem dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar Bolsonaro e outros sete aliados réus. Os investigados foram denunciados por participar de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

Em São Paulo, a manifestação é organizada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) e ocorrerá na Avenida Paulista.

As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular também convocaram atos em outras capitais, como Belo Horizonte (MG). A maior parte das imagens que convocam para as mobilizações usa fotos de Bolsonaro.

Bolsonaro faz “propaganda” de ato de Boulos

Em pronunciamento na quarta-feira (26/3) após virar réu no STF, Bolsonaro chegou a ironizar a manifestação convocada por Boulos, chamada pelo ex-presidente como “movimento da esquerda”.

“Dia 30, agora, vai ter um movimento da esquerda. Estou até promovendo. Movimento da esquerda na Paulista. Qual é a pauta? Prisão do Bolsonaro”, disse o ex-presidente.

Já nesta segunda-feira (31/3), o Prerrogativas, grupo de advogados favoráveis a Lula, promove um ato contra a anistia política dos acusados de tentativa de golpe de Estado durante o lançamento do livro Ainda não mudou: Direito e (In)Justiça no Brasil, do advogado e promotor de Justiça aposentado Roberto Tardelli.

O evento, que também marca os 61 anos do golpe militar de 1964, será realizado na PUC-SP, às 19h.

Nesta semana, a oposição promete elevar a pressão no Congresso para tentar aprovar o perdão para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Planalto se distancia

Como mostrado pelo Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, a aposta no Palácio do Planalto é de que o deputado do PSol não conseguirá mobilizar tanta gente na rua como os bolsonaristas conseguem em seus atos, o que dará munição para a oposição atacar Lula e a esquerda.

Por isso, integrantes do governo argumentam que a presença de ministros jogaria o eventual fracasso da manifestação no colo de Lula, mesmo o ato sendo organizado por Boulos.

Ministros do governo, inclusive os do PT, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Padilha (Saúde), não devem comparecer ao ato.

Fonte: Metrópoles

 

 

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