O Brasil enfrenta uma crise ambiental cada vez mais alarmante. As queimadas descontroladas na Amazônia e no Pantanal são sintomas visíveis de um problema mais profundo: o desmonte das políticas ambientais, intensificado durante o governo Bolsonaro. Em São Paulo, 48 municípios estão em alerta máximo devido aos focos de incêndio, e a fumaça das queimadas na Amazônia já se espalhou pelo país, alcançando até os estados do Sul. A proteção de nossas riquezas naturais, que deveria ser uma prioridade nacional, foi relegada a segundo plano, enquanto interesses econômicos avançam desenfreadamente.
A expressão “passar a boiada”, utilizada pelo ex-ministro Ricardo Salles, simboliza o desmantelamento sistemático das políticas ambientais. Durante a pandemia, o governo flexibilizou as regulamentações ambientais para priorizar o lucro em detrimento da conservação. Como resultado, as queimadas se intensificaram, o garimpo avançou e grandes extensões de terras foram devastadas, comprometendo a biodiversidade e a saúde do planeta.
Os ativistas que lutam para manter a floresta em pé enfrentam desafios crescentes. Sem a proteção jurídica e física adequadas, esses defensores da natureza são perseguidos, ameaçados e muitas vezes silenciados. O Brasil, detentor de um dos ecossistemas mais ricos do mundo, está à mercê de grupos que veem a floresta como um obstáculo ao lucro. Enquanto as matas ardem, esses ativistas continuam seu trabalho, mesmo sem o suporte necessário. Simultaneamente, interesses privados minam as políticas de conservação e colocam em risco o futuro de nossas áreas naturais.
Umidade do ar pode ficar abaixo de 12% em quatro estados e no DF
A onda de calor vai continuar em dez estados até esta sexta-feira (5).
Além disso, segundo o Inmet, a previsão é de baixa umidade na maior parte do país.
O alerta é vermelho e de grande perigo para umidade do ar abaixo dos 12% em Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.
O tempo seco também afeta estados que já sofrem com as altas temperaturas.
É o caso de Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
No entanto, a previsão é de geada nesta sexta-feira (5/09) em áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como temperatura entre 3°C e 0ºC
Por outro lado, neste ano, o Brasil registrou 145 mil focos de queimadas, aumento de 105% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 70 mil focos.
De janeiro a julho de 2024, mais de 5,7 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas; 2,7 milhões de hectares a mais que o mesmo período de 2023.
Mato Grosso, Pará e Amazonas foram os estados mais afetados.
No DF, por exemplo, um incêndio destruiu cerca de 2,2 mil hectares da Floresta Nacional de Brasília, quase 40% da área de conservação federal.
As chamas começaram na manhã de terça-feira e foram controladas na noite de quarta-feira (4/09).
A suspeita é de incêndio criminoso. Três pessoas foram vistas no local, provavelmente envolvidas com o início do fogo.
A Polícia Federal já começou a investigar o caso.
Fonte: Carta Capital e Agência Brasil