Foi preso no Arraial d’Ajuda, na noite desta quinta-feira (30/10), um dos alvos da operação que mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil. Ronaldo Alexandre Vieira foi capturado por policiais militares em Arraial d’Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA).
Com isso, das nove prisões preventivas decretadas, seis alvos foram capturados. Outros dois já estavam presos e apenas um segue foragido: Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, “Xixi”, “2X” ou “Filha”, principal chefe em liberdade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ronaldo estava com o mandado de prisão em aberto, e policiais militares cumpriram mandado de busca e apreensão em sua casa, em Mogi Guaçu (SP).
A operação também mira Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, que foi alvo de mandado de busca e apreensão. Além dele, há empresários, agiotas e influenciadores digitais entre os investigados.
Assim como Mijão, Caipira está foragido há anos. Ambos integram a lista de criminosos mais procurados do país. As últimas informações do MP indicam que os dois estariam na Bolívia.
Presos nesta quinta
- Eduardo Magrini, vulgo “Diabo Loiro”
- Sérgio Luiz de Freiras Neto (filho do Mijão)
- Renan Ferraz Castelhano
- Maurício Conti
- Bárbara Batista Borges
- Ronaldo Alexandre Vieira
Já estavam presos
- Maurício Silveira Zambaldi, o “Dragão”
- José Ricardo Ramos
Foragido
- Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, “Xixi” ou “2X”
Camisa de Neymar
A apreensão de duas camisas da seleção brasileira com autógrafo de Neymar Jr., em Campinas (SP), na casa de um dos alvos da operação, pode, na avaliação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ajudar a localizar Mijão.
Em nota, a assessoria de Neymar Jr. destaca que o jogador desconhece completamente o caso, assim como as pessoas citadas na investigação.
Foragido há anos, Mijão é um dos alvos de mandados de prisão na operação nesta quinta (30), mas segue sem ser localizado. As últimas informações do MP indicam que ele estaria na Bolívia.
No entanto, a apreensão das camisas com autógrafo e dedicatória direcionados a ele, com a alcunha de “Filha”, podem indicar, segundo o promotor Marcos Rioli, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que o foragido estaria frequentando o Brasil.
Para esclarecer essa possibilidade, o MP avalia ouvir Neymar Jr., que não é investigado na operação.
“A oitiva do Neymar pode ser realizada, a gente vai avaliar isso durante a investigação, para que ele possa esclarecer, se possível, se houve, de fato, esse encontro. É nesse sentido. Jamais, em nenhum momento, a camisa foi apreendida por suspeita de eventual ligação do Neymar com um facção, com crime. O Neymar não é investigado, nem foi investigado em momento nenhum por nós”, pontua Rioli.
A assessoria de Neymar Jr. ressaltou que o atleta “autografa milhares de camisas que são solicitadas por fãs e instituições em diferentes contextos, sem qualquer relação pessoal ou profissional com quem as recebe”.
“As conjecturas e teorias que tentam associar seu nome a esse episódio são infundadas e não correspondem à realidade. Não há, portanto, qualquer vínculo entre o Neymar Jr. e o fato mencionado”, afirmou, em nota.
Fonte: G1 Bahia